Uma nova realidade no cenário mundial?

Napoleão previu: “Deixai a China dormir, pois quando acordar, o mundo tremerá

O que Napoleão previu em 1816 coloca o mundo nos dias de hoje diante da “Armadilha de Tucídides” (Tucídides historiador e general grego, de 424 a.C.) que se refere à confusão natural também inevitável que ocorre quando uma potência em ascensão ameaça substituir uma potência dominante.

Tucídides apontou três causas que alimentam essa dinâmica bélica: interesses, temor e honra.

É mais do que provável que os EUA tenha criado uma armadilha para si mesmo, quando ajudou impulsionar a economia da China a partir de 1978, procurando para sua própria economia mão de obra mais barata.

A partir desta década de 70, os ganhos de competitividade da indústria chinesa possibilitaram o crescimento, com menores
custos que as do ocidente, por sua vez e consequência veio a liberalização das importações.

Adotando uma nova política cambial, dentro do mesmo barco, foi criado um sistema econômico original, de capitalismo de Estado com participação privada, sob um duro controle estatal
E isso só pode acontecer a partir da chegada de Deang Xiaoping ao poder, em 1976, que colocou o país em outros trilhos.

Hoje os sobrinhos do Tio Sam estão diante do que já ocorreu outras tantas vezes na história, como quando os atenienses oferecem aos mélios um ultimato: “render-se e prestar tributo à Atenas ou ser destruído”.

O Brasil e os demais países latino-americanos, que por muito tempo foram objetos de abusos imperialistas dos americanos do norte e dos europeus, estão atendendo, hoje, muito mais o telefone de Pequim do que os fax ou o telex de Washington, para não falar dos telegramas.

A partir de 2009, que foi o primeiro encontro formal do bloco (BRIC), na cidade de Ecaterimburgo, na Rússia, foram estabelecidos as metas de como agiriam com a Declaração Conjunta dos líderes dos BRIC, ainda sem a África do Sul, que pegou o Tio Sam desprevenido, pois estava cuidando da crise econômica de 2008-2009 iniciada no seu mercado imobiliário.

E a declaração do BRIC continha : a) reforma do sistema financeiro internacional (parágrafo 3) e b) reforma das Nações Unidas e das relações internacionais (parágrafo 14) da declaração.

O Brics é composto atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, tendo anunciado em 24 agosto de 2023, o início do processo de expansão do bloco, que terá 11 integrantes plenos a partir de 2024 com a entrada de Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.

Com esta nova composição, o grupo passa de 46% da população do planeta e um PIB por paridade de poder de compra de 36,6% do total mundial.

Quem liderá tudo isso é a China que parou de dormir
e acordou para o Tio Sam “ficar obrigado” a temer mais uma “Armadilha de Tucídides”.

Se teremos uma Terceira Guerra Mundial, eu penso que sim, ela já começou em 2022, com o início do conflito entre Rússia e Ucrânia.

Os Estados Unidos há muito tempo fazem guerra mundo afora, para impulsionar sua economia, não é demais prever que “farão de tudo para proteger tudo” por que lutaram.

Ademais “aquilo” não me parece um país mas sim uma grande empresa, onde o CEO é eleito pelo povo, tanto é que sendo competente, como CEO, mesmo que o eleito seja condenado e preso, o que pode acontecer com o Trump, ele poderá dirigir aquela “empresa”, dentro de uma cela de uma penitenciaria.

Isso é liberdade, até indo contra a lógica da palavra liberdade, mesmo dentro da cadeia pode dirigir o destino de 333 milhões de pessoas, porque por lá aparentemente o dinheiro vale mais do que o homem virtuoso!

Por Guilhobel Aurélio Camargo

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