Atacamos e devastamos as florestas para plantar a comida e criar o gado que o cavalo ajuda levar o gado para o frigorifico. Ficamos à mercê do tempo das chuvas e trovoadas e o custo estamos conhecendo nestes dias de enchentes.
O Rio Grande do Sul é o segundo estados com – maiores áreas de desmatamento para agricultura e pecuária dentro do Brasil – também é no Sul do país o que tem mais áreas ocupadas que estão ao mesmo nível do mar.
Tornamos os cavalos cúmplices para levar as boiadas ao abate e depois também podemos comer a (foto ilustração) sua carne.
Nos ufanamos em bater recordes mundiais por assar mais bois nos espetos em festas “santas”.
Se o cavalo conduz o ser humano os bois também nos transportam e ajudam a arar as terras. Ficamos gratos, tomamos o leite que nos fornecem as vacas as cabras, assim como comemos os ovos das galinhas e depois colocamos todos eles no espeto, no forno ou na panela.
Alguns dirão se forem mortos olhando para Meca, conforme o Alcorão, tudo bem. Ou de acordo com o artigo 103 do RIISPOA, é proibido o abate de animais que não tenham passado pelo descanso, jejum e dieta hídrica.
Só falta a igreja e a bíblia, exigir que eles se confessem e peça perdão ao deus que criou os animais com necessidades de um comerem os outros para sobreviverem. Ou no Torá que os animais devem ruminar e ter cascos fendidos para serem comidos. Porcos têm cascos fendidos, mas não ruminam, portanto não podemos comer carne de porco e seus derivados, assim os porcos são os únicos que escapam dos garfos.
Era uma égua que estava ilhada em Canoas, em cima de um telhado de zinco, ou era um cavalo que os canais de TV chamaram de cavalo de nome “Caramelo” e apelido de “Valente”.
No Brasil, a venda de carne equina e de jumento é permitida por lei, mas o consumo é ínfimo, ao passo que o volume das exportações cresce continuamente, principalmente com destino ao Japão, EUA, Canadá, Holanda, Bélgica, Itália e outros países europeus.
Para os brasileiros, comer carne do equino beira o tabu, mas em outros países faz parte do cardápio, onde a carne de sabor forte e levemente adocicado é apreciada.
No Japão, esta carne é a mais consumida por lá depois dos peixes. Nas cidades de Kumamoto e Fukuoka, os restaurantes oferecem o sushi e sashimi de carne de cavalo como carro-chefe da casa.
A Salumificio di Franciacorta, na Itália, apresenta uma linha equina, com produtos como carne seca, salame, carpaccio e salsicha. É uma das muitas empresas que oferece os produtos equinos.
Você certamente não sabe por que há um tabu no Brasil, contra comer carne de cavalo.
São as tradições católicas e a carne de cavalo já foi fortemente associada ao pecado. E a razão é que por volta de 700 d.C., ela era muito consumida em festas pagãs, por conta disso a igreja proibiu o seu consumo e mesmo depois de liberada para consumo no Brasil ela continua longe das mesas dos cristãos e também da minha, mesmo eu sendo ateu.
A carne de cavalo tem vantagens, para a saúde humana, em relação à bovina e oferece alto teor de ferro, com 3,9 mg/100 g – quase o dobro de outras carnes – e também tem pouca gordura. Possui poucas calorias, a digestão é mais fácil indicada para quem quer perder peso e tem colesterol alto.
Por mim ficarei gordo mas não comerei carne de cavalo, eles me olham como olha um cachorro ou um gato.
Por Guilhobel A. Camargo – Gazeta de Novo