Teremos protestos políticos contra as guerras, hoje na entrega do Oscar de 2024?

Tem sido comum nas cerimônias de entrega do Oscar acontecerem protestos por parte de artistas e até manifestantes nas ruas de Los Angeles.

Sacheen Littlefeather – Foto: Wikipedia

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Em 1978, Vanessa Redgrave ganhou um Oscar de atriz coadjuvante por interpretar uma ativista antinazista em “Julia”. Ela produziu um interessante documentário de TV pró-palestiniano que defendeu durante seu discurso de aceitação, o que atraiu vaias do público. No ano de 2003, o documentário de Michael Moore também provocou vaias do público ao aceitar o Oscar por seu filme “Bowling for Columbine”. Moore criticou o presidente George W. Bush pela guerra no Iraque, que havia começado poucos dias antes da cerimônia. Ele chamou Bush de “presidente fictício” e acrescentou: “Que vergonha!”

Nos últimos meses, os protestos sobre a guerra em Gaza espalharam-se pelas ruas da cidade. Grandes multidões marcharam pelas ruas de Los Angeles e por todo o mundo, após o ataque de 7 de outubro do Hamas contra Israel. Muitos manifestantes pediram um cessar-fogo em Gaza, enquanto ativistas cobertos de sangue falso lamentaram durante as reuniões do conselho municipal da cidade.

Um caso que ficou muito famoso foi quando o ator Marlon Brando recusou o prêmio que havia vencido em 1955 pelo filme “Sindicato de Ladrões”. Sua recusa foi uma maneira de protestar, contra o que a indústria cinematográfica de Hollywood fez aos povos nativos americanos em vários filmes. Para isso, ele enviou a atriz indígena Sacheen Littlefeather para discursar em seu lugar. Foi o primeiro discurso abertamente político transmitido no Oscar. Ela precisou sair do palco escoltada por dois seguranças. Após esse acontecimento, Sacheen Littlefeather foi ignorada pela indústria do cinema. Cinquenta anos depois veio o pedido desculpas e a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas pediu a Sacheen Littlefeather numa carta divulgada em agosto de 2022, dizendo que os abusos que a atriz sofreu foram “injustificados”.

O que poderá acontecer hoje, saberemos no final da noite.

Por Guilhobel A. CamargoGazeta de Novo

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