Qual é a culpa da ONU nos ataques de Israel também ao território libanês?

A ONU jogou uma grande pedra, em 1948, dentro de uma bacia cheia d’água e a água transbordou, inundando o que estava em volta da bacia.

Foto: John/Pixabay

De cima desta pedra, que chegou onde está usando GPS dos EUA, Netanyahu atacou Gaza e agora ataca o Líbano, que está prestes a ser invadido por terra, para Netanyahu “enxugar parte desta água contaminada pelo Hamas e Hezbollah”. Toda “esta água” tem se tornado um grande “choro de sangue”, que sai dos corpos de crianças e de pessoas inocentes estraçalhadas por bombas.

No pensamento dos genocidas, as lições que não são obtidas com sangue logo serão esquecidas.

Quando terminou a Segunda Guerra Mundial, o mundo inteiro ficou horrorizado com o Holocausto, e o nome mais odiado do mundo, com toda razão, passou a ser o de Adolfo Hitler.

Quando esta guerra, comandada pelo sionista Benjamin Netanyahu, terminar, o mundo se virará contra o novo genocida, patrocinado com dinheiro do Tio Sam e da Tia Inglaterra. O mundo terá outro nome para odiar, e os que sofrerão as consequências, infelizmente, serão, mais uma vez, o povo judeu, que sofre desde Nabucodonosor.

“Governados pelo rei Nabucodonosor, os babilônios atacaram Jerusalém e levaram muitas famílias ricas, poderosas e cultas de Jerusalém para o cativeiro” (II Reis, capítulo 24).

Nabucodonosor, em 587 a.C., deportou todos os judeus para a Babilônia, que hoje corresponde ao Iraque, e este exílio é chamado de “cativeiro da Babilônia”. Netanyahu é o Nabucodonosor para os palestinos, deveria ser apelidado de “NetaNabuco do horror”.
Porque não leva os palestinos para a Babilônia? Leva para um cemitério, para encontrarem Alá (deus) ou o ash-Shaitan (o demônio).

A URSS – União Soviética foi a grande heroína da vitória que livrou o mundo do domínio de Hitler, perdendo 27.000.000 de pessoas, enquanto os aliados não chegaram a perder 1 milhão. No entanto, o crédito pela vitória da guerra foi roubado pela Inglaterra de Winston Churchill e pelos filhos do Tio Sam, que — divulgada ao mundo pela Reuters — era de propriedade de um judeu que dominava pombas e passou a dominar as notícias em todo o mundo a partir do Reino Unido, em 1851.

Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, a antiga URSS se desmanchou e surgiu a Rússia, com território reduzido. Esta Rússia, nas mãos de Putin há 20 anos, para manter o domínio de sua soberania e se proteger da OTAN, começou a buscar na redondeza suas antigas posses, até chegar na Ucrânia.

A OTAN deveria ter sido desmanchada com o fim da Guerra Fria e o desmanche da URSS, mas, por outro lado, os EUA a fortaleceram e ampliaram seus países componentes. É contra isso que Putin briga, e a arena da briga é o território da Ucrânia, que antes de 1991 era parte da URSS, com mais outros 14 países.

Voltando ao sionismo genocida de Netanyahu:
temos que lembrar que parte do território perdido pelos palestinos foi dado aos “judeus sionistas”, que antes não tinham pátria, pois ganharam da ONU, em 1948, um território que foi subtraído do povo palestino, para o povo judeu chamar de pátria. Ocorre que, neste território palestino que a ONU cedeu ao povo judeu, viviam, desde o contexto da expansão do islamismo, a partir do ano 638, milhares de árabes que haviam conquistado aquela região.

O ato da ONU na época, sob a presidência do brasileiro Oswaldo Aranha (Pasmem o ato que ele liderou consolidando o sionismo, e que vem matando pessoas há 76 anos, deu a ele uma indicação para o Prêmio Nobel da Paz de 1948, alem de ganhar nome de rua e Praça em Israel) , acabou deslocando os árabes palestinos para fora do território onde o estado foi criado; que na sua maioria expulsos de suas casas, foram para a Faixa de Gaza, Cisjordânia e para o Líbano.

Não satisfeitos com o espaço que o sionismo ganhou para criar uma pátria religiosa, passaram a invadir, matar e tomar mais terras palestinas. Essas invasões tiveram um marco maior em 1967, com a “Guerra dos Seis Dias”, quando invasões, que matam até hoje, e outras mais foram adicionadas, encurralando os palestinos na Faixa de Gaza e com uma Cisjordânia separada, onde convivem pessoas das três religiões abraâmicas.

A nova campanha de ataques de Israel, que por ora abandonou bombardear inocentes e o Hamas na Faixa de Gaza, é contra o Hezbollah, que começou com um ataque na Síria. Israel diz que atacou a Síria para destruir um laboratório secreto de armas montado por um grupo iraniano. E há uma semana ataca diariamente o Líbano e, mesmo hoje, quando Netanyahu discursava na ONU — a maioria dos países participantes em protesto abandonaram o ambiente (inclusive o Brasil) — Israel bombardeou Beirute, a capital do Líbano. O plenário estava praticamente vazio, e os aplausos vieram apenas das galerias, onde Israel colocou seus pares para aplaudir. Mataram só hoje mais de 100 pessoas (versão de Israel), que, somadas às mortes da semana, já passam de 700, incluindo entre eles vários brasileiros. A imprensa internacional diz que o ataque de hoje foi o maior ataque a Beirute e que os mortos só de hoje devem passar de 300 pessoas. Netanyahu mostrou, no seu discurso, desenhos onde a Síria, Irã e Iraque eram os estados amaldiçoados pelos judeus sionistas. Das delegações que saíram do plenário em protesto, também estava a Arábia Saudita, grande aliada dos EUA na região, inclusive mesmo sendo o principal país patrono do petrodólar. Ambos, EUA e Arábia Saudita, possuem tratados de cooperação mútua na área de educação e tecnologia militar.

COMO NASCEU ESTE SIONISMO ATÉ CHEGAR NO EX-CAPITÃO DO EXÉRCITO, O GENOCIDA BENJAMIN NETANYAHU

Tudo começou no ano de 1896, quando o escritor austríaco de origem judaica Theodor Herzl (conterrâneo de Hitler, que também era oriundo do Império Austríaco) fundou o Movimento Sionista, que pregava a criação de um Estado judeu na antiga pátria dos hebreus. Hitler, que nasceu em 1889 no vilarejo de Braunau am Inn, na Áustria, tinha 7 anos (quando Herzl já pregava o sionismo) e, poucos anos à frente, já na juventude, teve conhecimento desta intenção de Herzl em criar um estado para o povo judeu. Esse projeto sionista de Herzl foi aprovado em um congresso israelita reunido em Genebra, em 1917, quando Hitler já tinha 28 anos. Os leitores já tinham em mãos a obra de Hitler publicada em duas partes, em 1925 e 1926. A primeira edição do Mein Kampf (Minha Luta) foi em francês. Um volume atípico para a época, fruto de 10 anos de anotações, que pesava quase três quilos de papel, com cerca de 900 páginas. Parecia mais com os livros de arte que eram abertos em grandes mesas na época. Foi vendido pelo preço de hoje equivalente a 100 euros (R$ 606,33). A capa era branca, com o título em letras pretas, parecendo mais com uma tese de doutorado, uma das novidades da época. O cérebro doentio de Hitler colocou dentro do Mein Kampf um texto inflamado que incitava a violência e o ódio aos judeus. Foi adotado pela Alemanha como a “Bíblia do Terceiro Reich”, com as teorias antissemitas que fundamentaram o nazismo e o Holocausto.

Netanyahu e a atual situação do estado de Israel

– Para o judaísmo, Jesus de Nazaré foi um judeu que viveu há cerca de 2000 anos na Terra de Israel. Qualquer judeu reconhece que, no final das contas, ele foi apenas “um dos nossos”. Nos Evangelhos, é narrado que Jesus comenta e interpreta versículos da Torá e dos Profetas a seus discípulos. Por isso mesmo, ele é chamado de “rabi” (igual a: senhor, meu mestre).

– Isaque deu origem aos judeus, e Ismael deu origem aos árabes islamitas; ou seja, são povos irmãos, todos descendentes de Abraão e servos do mesmo Deus, e estão se matando por causa de espaço na Terra e defesas financeiras que protegem a exploração e a vida de suas crenças.

             Netanyahu se tornou primeiro-ministro pela primeira vez de junho de 1996 a julho de 1999. De cara, não buscou consolidar a paz com os palestinos. Mostrou aversão aos Acordos de Oslo, afirmando que deveriam ser os palestinos a fazer concessões a Israel se quisessem um acordo de paz. Netanyahu enfatizou a política das “três negativas”: nenhuma retirada das Colinas de Golã, nenhuma negociação sobre o status de Jerusalém, nenhuma negociação com pré-condições. Tudo o que veio dele foram empecilhos para a paz. Em 2015, conquistou no voto um quarto (4º) mandato. Em 2018, ele convocou novas eleições para 2019, quando passou a ser o primeiro-ministro com mais anos no cargo. Mesmo com alguns atritos com Obama, a Casa Branca manteve o total apoio econômico e militar a Israel de forma intocada, como faz até hoje, os EUA, com republicanos e democratas juntos com Biden no poder, mandando bilhões de dólares para alimentar Israel.

Esses bilhões de dólares pagam as indústrias bélicas dentro dos EUA, da mesma forma que pagam as armas para a Ucrânia. Enfim, dos EUA “só saem armas”; o dinheiro não sai do país do Tio Sam, fica mais dentro da rede bancária americana e internacional com seus interesses muito bem estabelecidos. A imprensa do mundo critica Maduro por estar 12 anos no poder, critica Putin por estar há mais de 20 anos no poder, mas não faz qualquer menção a Netanyahu estar há 16 anos no poder, matando seus vizinhos!

Netanyahu nasceu em Tel Aviv, em 1949, de avô materno polonês e pai polonês de Varsóvia, estudou nos EUA e entrou no exército com 18 anos. Voltou para Israel para cumprir alistamento militar e, mais tarde, fez parte do Sayeret Matkal, esquadrão de elite do exército israelense. Netanyahu se juntou às Forças Armadas de Israel logo após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e, sendo líder do grupo Sayeret Matkal, participou das Operações Inferno (1968), Gift (1968) e Isotope (1972), sendo ferido em ação no ombro. Netanyahu lutou na linha de frente nas guerras de Desgaste e do Yom Kippur. Também fez parte em missões especiais no Canal de Suez e na Síria, chegando à patente de capitão antes de ser dispensado.

A partir de 2009, Netanyahu passou a apoiar o fortalecimento do Hamas como estratégia de estabelecê-lo como rival da Autoridade Palestina. Fez isso para enfraquecer o comando da Autoridade Palestina, e Netanyahu também procurava enfraquecer o comando secular dos palestinos, fortalecendo um grupo islamista e radicalizado.

No final, com o fortalecimento do Hamas — para Netanyahu, se cumpria o papel de enfraquecer a causa palestina, impedindo que a paz fosse alcançada — e ele, no comando do estado de Israel, pegaria a Palestina dividida, como de fato aconteceu.

Do seu governo, o que a imprensa não fala é que Netanyahu permitiu até que milhões de dólares fossem enviados à Faixa de Gaza pelo governo do Catar. Esse dinheiro contribuiu para o fortalecimento do Hamas na Faixa de Gaza e o caos estaria estalado para seu propósito de tomar todo o território.

Ele não irá parar de fazer guerras, também porque as suas guerras são a sua única chance de sobrevivência no poder. Ninguém em Israel irá derrubar o primeiro-ministro no meio de uma guerra, ainda mais quando ele tem a extrema direita, que possui a grana ao seu lado.

Por Guilhobel A. Camargo – Gazeta de Novo

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