O uso da verdade e da mentira na política brasileira

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Começando o novo ano eleitoral, quando serão eleitos 5.570 prefeitos e mais de 57.261 vereadores – que é a maior força política do Brasil – as mentiras já começam a circular nas redes sociais e em matérias de jornais.

Os prefeitos, para se elegerem, precisam dos vereadores e é aí que começa a base para os demais cargos, até chegar à presidência. R$ 4,96 bilhões é o maior orçamento na história do mundo, aprovado na Câmara Federal, para o fundo partidário financiar as eleições municipais de 2024. Este fundo bilionário servirá para financiar as mordomias, roubos e demais usos indevidos de recursos públicos, injustiças, preconceitos, ignorância política, e as mentiras e as verdades que estarão em todas as mídias.

O que acontece na política dos estados e administração dos entes públicos é fruto do que é a nossa sociedade na vida debaixo de telhados, depois que o homem abandonou as árvores para habitar suas cavernas e depois as casas quando criou comunidades que logo foram organizadas e limitadas com o uso de religiões e regras impostas para defender territórios.

Então chegamos ao conhecimento humano que, com as religiões, pretende ser o filho escolhido por um deus e acreditar ser o único e aquele que é um deus na Terra e, se a ciência levar também, pretende ser do universo.

Nesse caminho da evolução e conquista de poder veio junto um jogo. O jogo das suas falsidades, usando o intelecto para se manter na disputa e manter acesa a sua chama de vaidade que cada um administra como sendo a ‘sua verdade’.

Ao usar o intelecto para sua sobrevivência e para viver em sociedade, ele precisa pregar a verdade e a paz, e assim evitar a guerra. Mas o que faz ele, procurando o caminho mais rápido? Ele traz a mentira e prega a guerra, como as religiões fazem com o contrapondo do paraíso no céu e a escuridão do inferno.

Os mais lúcidos procurarão analisar além das propostas dos políticos em uma eleição o contraste entre verdade e mentira, que estão dentro da mesma natureza, a natureza do homem. Os homens deveriam supor que mesmo não havendo verdade eterna e absoluta, só existe uma verdade. E esta, mesmo sendo agradável para a seus interesses pode ser falsa, assim como as verdadeiras podem não serem agradáveis.

É dentro desta técnica que agem os políticos que só procuram o poder para os seus propósitos de vencer financeiramente e ficarem com o poder que alimenta sua falta de caráter e o seu prazer. Com as mentiras, na política nascem os conceitos em um campo onde as palavras são convenções para a igualação dos não-iguais – dentro dos da direita e dentro dos da esquerda – que ao desconsiderar o individual, cria-se o conceito de um genérico ordinário cheio de contradições.

A verdade na política é um batalhão de metáforas, de antropomorfismos e de metonímias, que sendo verdadeiras ilusões servem para capturar o eleitor pouco letrado, que sente mais não entende o que está acontecendo.

Os homens racionais têm orgulho de possuir o intelecto a seu favor, fazendo uso constantemente das ciências sabendo que a terra é redonda e não é plana. Que existem vacinas para curar o que não é apenas uma gripinha mas para matar um vírus que ceifa vidas.

Que devem obedecer leis determinando o que deve ser feito – para adquirir vacinas, para que a controladoria geral da união não precise multar empresa manipuladas por políticos para fraudar compra de bilhões de reais.

Enfim, os homens da Grécia antiga eram privilegiados, eles usando Mitos da arte e da criatividade, assim transformavam sua existência em algo mais interessante e sadio. Ao contrário da torpeza do homem aparentemente racional ou semirracional no Brasil de hoje, – que dissemina mentiras, que abandonou arte e a cultura e endeusa um “par-Mito”, – que é como chamam o palmito em Glicério, São Paulo, acreditando ser um Mito.

Por Guilhobel A. Camargo – Gazeta de Novo

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