Essa é a triste constatação que podemos fazer ao observar os conflitos, as crises e as violações de direitos humanos que assolam diversas regiões do planeta.
Não se trata de nenhum exagero ou de um pessimismo infundado, mas de uma realidade que nos desafia. Todos devemos buscar soluções urgentes e efetivas para os problemas que ameaçam a paz, a justiça e a dignidade humana.
Um dos exemplos mais dramáticos dessa situação atual é o conflito entre Israel e Palestina, que se arrasta há décadas – para não falar em séculos – desde a criação do estado de Israel, quando os Palestinos foram jogados em um limbo, como cidadãos de segunda classe, sem direito a um estado, pra chamar de pátria.
Por conta desta situação criada pela ONU em 1948, as grandes invasões deste a Guerra dos “Seis Dias”, em 1967, que Israel incorporou as áreas da Península do Sinai, da Faixa de Gaza, Cisjordânia, as Colinas de Golã e a área oriental da cidade de Jerusalém. Foram além do território que já haviam tirado ao criarem o estado judeu. Esses conflitos e invasões por parte de Israel, não pararam nos anos seguintes e recentemente se intensificou, causando milhares de mortes, feridos e deslocados.
Segundo a ONU, mais de 27 mil palestinos foram mortos, – só nos últimos 12 meses – 50% das cidades da faixa de Gaza foram destruídas e milhões sofrem com a falta de comida, água, medicamentos e eletricidade.
Do lado israelense, mais de 1.200 pessoas também perderam a vida, no atentado terrorista de 7 de outubro, vítimas dos ataques de foguetes lançados pelo grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza. A violência e a intolerância entre as partes impedem qualquer avanço nas negociações de paz, que são constantemente boicotadas por interesses políticos, econômicos e religiosos.
Outro foco de tensão é a Ucrânia, que vive uma guerra civil desde 2014, quando a Rússia anexou a península da Crimeia e apoiou os separatistas pró-russos no leste do país. O conflito já deixou mais de 9.200 mortos e cerca de 3 milhões de deslocados internos e refugiados. Além disso, a Rússia também enfrenta sanções econômicas e diplomáticas por parte da União Europeia e dos Estados Unidos, que acusam o país de violar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia. A Rússia, por sua vez, nega as acusações e afirma que está defendendo os interesses e os direitos dos russos que vivem na região. O impasse entre as potências aumenta o risco de uma escalada militar e de uma nova guerra fria.
A Síria é outro país que vive uma sangrenta guerra civil desde 2011, quando uma onda de protestos contra o regime do presidente Bashar al-Assad foi reprimida com violência. Desde então, o país se tornou palco de uma complexa disputa entre diferentes grupos armados, que contam com o apoio de potências regionais e internacionais. Segundo a ONU, mais de 4.360 pessoas foram mortas e mais de 13 milhões precisam de ajuda humanitária. Além disso, mais de 6 milhões de sírios fugiram do país, buscando refúgio em países vizinhos ou na Europa. A guerra na Síria também contribuiu para o surgimento e a expansão do grupo terrorista Estado Islâmico, que chegou a controlar grandes áreas no país e no Iraque, cometendo atrocidades contra civis e minorias religiosas.
A África é outro continente que sofre com a fome, a pobreza, as doenças e os conflitos armados. Segundo a FAO, a agência da ONU para a alimentação e a agricultura, 257 milhões de pessoas passam fome na África, o que representa 20% da população africana. A fome na África é resultado de vários fatores, como o processo colonial, a concentração de poder, as condições climáticas, a corrupção, a baixa produtividade agrícola e o aumento populacional. Além disso, a África também é palco de diversas guerras civis, que envolvem questões étnicas, religiosas, políticas e econômicas. Alguns dos países mais afetados são a Somália, o Sudão, a Etiópia, o Congo, a Nigéria e a Líbia. Esses conflitos geram milhões de mortos, feridos, refugiados e deslocados, além de violações de direitos humanos e degradação ambiental.
Por fim, outro problema que afeta o mundo é o abuso de poder das grandes empresas de tecnologia, as chamadas Big Techs, que controlam as redes sociais e os aplicativos de troca de mensagens. Essas empresas têm um papel fundamental no mercado atual, pois oferecem produtos e serviços inovadores que impactam diversos aspectos da nossa sociedade. No entanto, elas também são responsáveis por disseminar conteúdos ofensivos, falsos ou que incitam condutas antidemocráticas ou violadoras de direitos fundamentais. Esses conteúdos podem causar graves danos para crianças e adolescentes, que são mais vulneráveis às influências e às manipulações das redes sociais. Além disso, as Big Techs também devem ser responsabilizadas pelos danos que seus serviços e produtos possam causar aos consumidores e à sociedade, como violações de dados, fraudes, vícios, defeitos, etc…
Os consumidores devem ter o direito de reclamar, de serem indenizados e de terem acesso à justiça em caso de danos.
Diante de todos esses problemas, podemos concluir que o mundo está em caos e que é preciso agir para mudar essa realidade.
Não podemos nos conformar com a violência, a injustiça, a desigualdade e a opressão que marcam o nosso tempo. Precisamos buscar soluções que promovam a paz, a cooperação, o desenvolvimento, a democracia e o respeito aos direitos humanos. Para isso, é necessário que haja uma maior participação e conscientização dos cidadãos, uma maior responsabilidade e transparência dos governos e das empresas, e uma maior integração e solidariedade entre os povos. Só assim poderemos construir um mundo mais justo, mais humano e mais sustentável.
Além dos conflitos internacionais, o mundo também enfrenta crises políticas e sociais em diversos países, que ameaçam a estabilidade e a democracia.
Um exemplo é o Brasil, que viveu uma tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, quando uma multidão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro – incentivados por ele como mentor – invadiu e depredou os prédios dos Três Poderes em Brasília, exigindo a volta do líder derrotado nas eleições de 2022.
O ataque foi motivado pelas falsas alegações de fraude eleitoral propagadas por Bolsonaro e seus aliados, que se recusaram a reconhecer a vitória de Lula da Silva. A ação violenta foi repelida em parte – porque até policias do Distrito Federal deram guarida – que apenas parte das forças de segurança, conseguiram prender mais de mil e quinhentos suspeitos de envolvimento no atentado .
A tentativa de golpe foi o ápice de uma campanha de desinformação e ódio promovida pelo chamado “gabinete do ódio”, que era um grupo de assessores de Bolsonaro que atuava nas redes sociais para difamar adversários, espalhar fake news e incitar ações antidemocráticas O grupo era coordenado pelo ex-presidente e por seus filhos, que também são investigados por diversos crimes, como corrupção, lavagem de dinheiro, roubo de joias, rachadinhas e obstrução da Justiça Além disso, o ex-presidente é acusado de usar a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) para grampear mais de 30 mil brasileiros, incluindo jornalistas, políticos, juízes e ministros, com o objetivo de intimidar e chantagear seus opositores.
Esses fatos revelam o caráter autoritário e antidemocrático de Bolsonaro e seus seguidores, que tentaram subverter a ordem constitucional e impor um regime de exceção no Brasil.
Felizmente, a maioria da população brasileira rejeitou essa tentativa de golpe e apoiou o governo de Lula, que assumiu o poder com uma ampla coalizão de partidos e movimentos sociais, comprometido com a defesa da democracia, dos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável.
Apesar das dificuldades e dos desafios, o Brasil tem mostrado ao mundo que é possível superar o caos e construir um futuro melhor para todos.
Por Guilhobel Aurélio Camargo – Gazeta de Novo
Respostas de 2
Vi a tua (reportagem) no começo quase que concordei . Mas você foi para a golbo( dinovo) da metade para frente que Doooooo
Um artigo histórico mostrando realidades do ontem que se arrastam no hoje, em sua maioria pela ganância e a sede de poder do homem!!!!!