Funcionários da ONU tem vistos recusados por Israel após comentários de Guterres

Na ocasião, Guterres disse que “o ataque de Hamas não aconteceu por acaso”.

Foto: UN Photo/Cia Pak
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Embaixador de Israel na ONU Gilad Erdan afirmou que “Devido às suas observações, recusaremos a emissão de vistos para representantes da ONU. Já recusámos um visto ao subsecretário-geral para os assuntos humanitários, Martin Griffiths. Chegou a hora de lhes ensinar uma lição.”

Suspensão de vistos: Israel suspenderá os vistos para funcionários da ONU após comentários feitos pelo secretário-geral, António Guterres, sobre a crise no Oriente Médio. Israel já rejeitou um pedido de visto do subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários e Coordenador de Ajuda de Emergência, Martin Griffiths.

Guterres disse que os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro “não aconteceram no vácuo”. Ele atribuiu os ataques à “ocupação sufocante” e à violência sofrida pelos palestinos nas mãos das forças israelenses.

O Hamas invadiu partes do sul de Israel no início deste mês, matando pelo menos 1.400 pessoas e sequestrando mais de 200, segundo as autoridades israelenses. Foi o ataque mais mortífero perpetrado por militantes nos 75 anos de história de Israel.

Desde então, os ataques israelenses mataram mais de 5.000 pessoas em Gaza, incluindo 2.055 crianças, segundo o Ministério da Saúde palestino. O bombardeamento e o bloqueio de Israel arrasaram bairros inteiros, esgotaram o sistema de saúde e puseram em perigo a vida de civis.

Apelo humanitário: Griffiths, o Coordenador de Ajuda de Emergência da ONU, tem sido inequívoco no seu apelo para ajudar os civis palestinos em Gaza. Ele reiterou o apelo de Guterres a um cessar-fogo humanitário imediato. A Anistia Internacional afirmou que a “punição coletiva” de Israel aos civis de Gaza equivale a um crime de guerra

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse nesta quarta: “Estou chocado com as interpretações erradas das minhas declarações de ontem no Conselho de Segurança, como se eu estivesse a justificar atos de terror do Hamas. Isso é falso. Foi o oposto”.

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