Delação de Mauro Cid: Michelle e Eduardo incitavam Bolsonaro a não aceitar resultados das eleições

Delator cita conselheiros “moderados” e “radicais” de Bolsonaro.

Foto: Reprodução/Mídias sociais

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O tenente-coronel Mauro Cid narrou em sua delação premiada que a ex-primeira dama Michelle e o deputado Eduardo Bolsonaro faziam parte de um grupo de conselheiros radicais que incitava o ex-presidente Jair Bolsonaro a dar um golpe de Estado e não aceitar a derrota nas eleições de 2022.

Grupo moderado e radical: Cid relatou que havia um grupo moderado composto pela ala política do governo que tentava convencer Bolsonaro a reconhecer o resultado da eleição e pedir que os manifestantes golpistas deixassem as ruas. Por outro lado, havia um grupo radical que incentivava Bolsonaro a não aceitar o resultado e tentar dar um golpe, com apoio da população e dos atiradores esportivos.

Pressão por provas de fraude: Cid afirmou que Bolsonaro não queria desmobilizar os manifestantes golpistas porque esperava obter provas de supostas fraudes nas urnas eletrônicas ou convencer os comandantes militares a embarcar em uma tentativa golpista. Cid diz que nunca foi encontrada nenhuma prova de fraudes.

Reação dos militares: Cid contou que o plano de golpe só não foi adiante porque não houve concordância dos comandantes militares. Bolsonaro chegou a discutir uma minuta golpista com os chefes das três Forças Armadas, mas apenas o comandante da Marinha manifestou apoio. Os chefes do Exército e da Aeronáutica se posicionaram contra a iniciativa golpista.

Outro lado
Em nota, a defesa de Jair e Michelle Bolsonaro classificou as acusações de “absurdas” e disse que não são amparadas em elementos de prova.

“As afirmações feitas por supostas fontes são absurdas e sem qualquer amparo na verdade e, via de efeito, em elementos de prova. Causa, a um só tempo, espécie e preocupação à defesa do ex-presidente Bolsonaro que tais falas surjam nestes termos e contrariem frontalmente as recentíssimas — ditas e reditas —, declarações do subprocurador da República, dr. Carlos Frederico, indicando que as declarações prestadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, a título de colaboração premiada, não apontavam qualquer elemento que pudesse implicar o ex-pr…

Informações foram reveladas pelo UOL nesta sexta-feira.

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