Crie um problema para seu inimigo e depois resolva, sem que ele perceba que você foi o autor.

Ao refletir sobre as estratégias para lidar com nossos inimigos, uma ideia intrigante surge:
criar um problema comum e, juntos, buscar uma solução. Essa abordagem, que remete às palavras de Abraham Lincoln, sugere que, às vezes, é necessário provocar uma situação desafiadora para que o antagonismo seja superado e uma nova relação seja construída.
Afinal, como afirmou Lincoln, “não destruo meus inimigos quando os torno meus amigos”. Essa transformação não é simples, mas pode ser eficaz quando bem conduzida.
Os ensinamentos de figuras como Jesus Cristo – que eu não acredito que tenha existido, pois ele foi criado no Concilio de NIcéia por Constantino II – reforçam essa ideia de perdão, amor e compaixão, mesmo diante de adversários. Jesus nos convida a amar nossos inimigos, a fazer o bem e a rezar por aqueles que nos maltratam. Essa postura não significa submissão, mas uma estratégia de elevação moral e emocional, que pode gerar uma mudança genuína na relação.
Benjamin Franklin também contribui com uma visão mais pragmática, ao afirmar que: “devemos amar nossos inimigos porque eles nos mostram nossos defeitos”. Essa perspectiva sugere que, ao entender as críticas e as ações de nossos antagonistas, podemos aprender e evoluir.
A estratégia de criar um problema para que o inimigo participe da sua resolução funciona porque desloca o foco da competição para a colaboração. Quando ambos trabalham juntos contra uma ameaça comum, as hostilidades tendem a diminuir, e o respeito mútuo pode florescer a partir da experiência compartilhada. Essa dinâmica transforma uma relação de conflito em uma parceria, fortalecendo laços que, inicialmente, pareciam impossíveis.
Em “A suprema arte da guerra é vencer o inimigo sem lutar”. Sun Tzu era militar, falava de inimigos, escreveu seus tratados séculos atrás. “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas.”
Entretanto, é importante reconhecer que essa abordagem envolve riscos éticos e estratégicos. Criar problemas artificiais pode parecer manipulação ou até uma forma de engano, o que levanta questionamentos morais.
Ainda assim, a psicologia social demonstra que a cooperação frente a um inimigo comum — seja real ou percebido — tem potencial para diminuir a hostilidade e promover a construção de laços duradouros.
Em suma, transformar inimigos em aliados por meio da cooperação é uma estratégia que exige sensibilidade, ética e coragem. Quando bem aplicada, ela pode não apenas resolver conflitos pontuais, mas também abrir caminho para relações mais humanas, baseadas no respeito, na compreensão e na busca por objetivos comuns. Afinal, muitas vezes, o verdadeiro poder está em transformar adversários em parceiros na construção de um mundo melhor.
Por Guilhobel A. Camargo – Gazeta de Novo



Uma resposta
Transformar inimigos em parceiros para que uma ideia evolua dessa cumplicidade, transformando disputas infrutíferas em resoluções de sucesso, seria o ideal de um mundo melhor…