Em 2018, foi distribuído R$ 1,7 bilhão dos cofres públicos dentro do FEFC – Fundo Eleitoral, para as legendas financiarem as campanhas. Nas Eleições Municipais de 2020, o montante totalizou R$ 2,03 bilhões. Nas Eleições Gerais de 2022, a quantia atingiu R$ 4,9 bilhões. O valor do Fundo Eleitoral para as Eleições Municipais deste ano de 2024 será gasto R$ 4,9 bilhões.
Os valores são expressivos; hoje estamos presenciando uma guerra de máfias, dignas de um filme “O Poderoso Chefão”, com ameaças de morte, incêndios em casas e arrombamentos de cofres.
Mas esse não é o único dinheiro público que os partidos recebem para usarem como quiserem.
Eles também recebem mensalmente o Fundo Partidário, destinado à manutenção dos partidos políticos, para custear despesas cotidianas das legendas, como contas de luz, água, aluguel, passagens aéreas e salários de funcionários.
No ano de 2023, o valor do Fundo Partidário distribuído passou de R$ 900 milhões. Somando com os 15,5 bilhões do fundo eleitoral de 2018 a 2024, mais aproximadamente uns R$ 5 bilhões do fundo partidário, para os mesmos 6 anos, passaremos de R$ 20 bilhões.
É por essa grana toda que esses caciques “DONOS DOS PARTIDOS” brigam em uma luta muitas vezes escondida, e que essa atual de Bivar X Rueda, que no passado eram sócios de corretora de venda de seguros DPVAT, nos trazem à tona suas águas de um lodo fétido.
Antes este esquema de DPVAT, junto ao Detran do Rio de Janeiro, era comandado pelo deputado presidente da Câmara Federal, o também bandido Eduardo Cunha.
Estamos falando de um estado que teve seis governadores afastados e 5 deles presos. E antes de Bivar & Rueda e Cunha, o DPVAT, não só do Rio de Janeiro mas de todo o Brasil, era comandado pelo presidente da FENASEG (um parnaguara que já foi governador do Paraná) que terceirizou o serviço para seu sócio no Paraná (que é dono do porto de Pontal) que se tornou sócio do dono do instituto IBOP de pesquisas, para faturar todos os DPVATs do Brasil.
Todos esses 20 bilhões que estavam nestes 6 anos (2018/2024), “OS DONO DOS PARTIDOS”, só têm que informar ao Tribunal Eleitoral como irão gastar.
Os partidos mandam apenas uma ata de uma reunião, contendo os dados de onde irão gastar e depois apresentam as notas dos gastos, que muitas vezes podem ser compradas, com recibos que também podem ser comprados.
E todos eles ficam felizes, porque também irão receber polpudos salários em seus mandatos e verbas para tudo mais. Terão milhões de verbas para gastarem com seus funcionários de gabinetes e de campo, até fazendo rachadinhas.
E não podemos esquecer de seus orçamentos secretos, para seus correligionários prefeitos ou governadores gastarem em obras públicas ao belo prazer. Com esse formato de distribuir o dinheiro do tesouro público, com leis feitas pelos próprios beneficiários, é que esse sistema convive.
Não dá nem para estranhar esse gigante poder que tem um presidente da Câmara Federal, e um presidente do Senado, que “fazem de gatos e sapatos”, de presidentes como Bolsonaro e não menos com Lula, que vez por outra sabemos que vai jantar na casa de um ou outro dono de partido e comandante de Centrão e de União e Federações de partidos.
Quando falam em ditadura, podemos separar dois tipos que temos aqui na América do Sul:
Temos a Ditadura do Poder Executivo da Venezuela, que mantém os outros dois poderes (Legislativo e Judiciário) sobre os pés de Maduro, quando acabou com as oposições e instrumentalizou a justiça com juízes de sua mesma laia.
Temos a nossa, quase chegando a ser uma ditadura do poder Legislativo, que começou no governo Bolsonaro com o Orçamento Secreto. E que caminha a passos largos com o governo Lula, que para não ser desmoralizado vai se segurando em um fio de arame que balança para vários lados.
Acabamos de ver isso em uma votação na Comissão de Justiça do Senado, onde, em 27 votos de senadores, 23 votaram contra o que queria o governo Lula e só 4 a favor do que queria Lula, quanto à legislação sobre o uso da maconha e tráfico de maconha.
No geral, além do Centrão, que age por várias motivações de poder e de dinheiro, há a bancada evangélica que age além dos interesses financeiros, também com interesses religiosos.
Bolsonaro será preso mas o seu bolsonarismo continuará solto, e Lula estará solto mas o seu petismo, muito dividido, estará preso às suas limitações.
Assim também temos ex-comunistas, que hoje são socialistas que abraçam Cristo e temos do outro lado cristãos que abraçam sionistas judeus como o Papa Pio XII abraçava nazistas.
Dentro desta “balada maluca”, hoje temos no Brasil:
- Cristão armamentista
- Democrata pró-ditadura
- Médico político negacionista
- Patriota brasileiro Trumpista
- Cientistas e astronautas políticos terraplanistas
- Pastores de bancada evangélicas que são narcopentescostalistas
- Milicianos com mandato político
- Militares fazendo política com ou sem mandato
- Políticos cristãos idolatrando judeus sionistas
Que falta a mais para montar um inferno, além do calor que está fazendo em Curitiba, cidade que o alcaide gosta de reciclar morador de rua como se fosse latinha e garrafa pet?
Por Guilhobel A. Camargo – Gazeta de Novo
Uma resposta
Infelizmente uma realidade muito dificil de mudar. O poder e a ganância imperam nas democracias de fachada! Ninguém é livre em países presos a esse tipo de governo que formam essa “balada maluca”…