Veja como seria a trajetória para conseguir estes milhões em qualquer país do mundo.
PRIMEIRO: ele defenderia a autonomia do Banco Central
SEGUNDO: ele defenderia mais autonomia, depois de ter conseguido a autonomia. É comum presidentes de BC, mundo afora, usarem e insistirem mesmo depois de obterem autonomia com a frase:
“quanto mais independente o Banco Central, ele é mais eficaz”. Eficaz para quem?
TERCEIRO: uma grande “malandragem”, já do primeiro presidente de um BC, em qualquer país do mundo quando foram montar o período do seu mandato foi não deixar ser coincidente com o mandato do presidente da República. Assim começam seus quatro (4) no meio de um mandato de um presidente de país ou de um primeiro ministro de um país, pois seu negócio é negociar resultados financeiros que interessam aos donos do mercado. Assim mudando o governo ele terá mais dois (2) anos e tornará o novo governante seu refém pôr no mínimo dois anos. Politicamente ou financeiramente, assim estaria o presidente do BC, dentro de dois mandatos de um mesmo governante ou de diferentes governantes. Aqui no Brasil ele pode ser reconduzi do mais uma vez, por decisão do Presidente da República.
QUARTO: quando um nome é lembrado para ser presidente de um Banco Central, logo será procurado por um emissário do BIS (Banco de Compensações Internacionais, cuja principal função é auxiliar bancos centrais e demais autoridades financeiras de um país e fomentar a cooperação internacional. Mas essa vontade toda de ajudar tem também no fundo outros interesses. O Banco Central do Brasil é acionista do BIS desde 1997), mesmo antes de ser o escolhido para ser presidente do BC do seu país, basta ele aparecer em uma lista de possíveis candidatos. A partir desta lista, o BIS já conhece o perfil dele, uma vez que sempre será alguém do mercado financeiro. O BIS – Banco de Compensações Internacionais, então escolhe o de melhor perfil, geralmente vai atrás de um negociador com bancos e ou financeiras ou economista que possa ser manipulado quando estiver dentro do poder do Banco Central em questão.
Escolhido o nome alvo, o BIS – transfere aos donos de alguns bancos daquele país – a incumbência de começar articular com a pessoa. O primeiro passo dos bancos é combinarem com o alvo que lhes interessa – que farão um lobby político e de divulgação na imprensa para este ser o escolhido – neste acordo de apoio, já firmam as trocas e benefícios que este futuro presidente terá que “honrar e como $erá honrado”.
No lobby para levar o escolhido a ser presidente de um Banco Central são usados os banqueiros, os políticos da situação que os bancos financiaram campanhas, jornalistas da área econômica que recebem dinheiro de bancos, financeiras e grandes empresas com ações na Bolsa de Valores daquele país.
Todos sabem que até os presidentes das Bolsas de Valores e suas principais comissões também chegam ao poder com atuação dos donos de bancos e financeiras e grupos de investimentos.
É como no futebol, quando você vê um jornalista, – que mesmo sendo funcionário de um veículo de imprensa, falando como especialista de um determinado time de futebol, – pode ter certeza que a maioria destes profissionais recebem verba daquele clube, além do salário da empresa.
É no mercado financeiro o chamado uso “da corrente da grana”, que os mais inocentes só chamam de “Mercado Financeiro”. Assim vem as manchetes: “Mercado financeiro está nervoso”, “Mercado Financeiro está sensível”, “Mercado Financeiro está apreensivo”, mas sempre terá – de tempo em tempo – o “Mercado está estável”.
É necessário para dominar novos investidores e mostrar que não estão sem o controle, passando assim certa segurança.
É neste campo, que as decisões do BC e do COPOM influem no custo e nas implicações da vida das pessoas. É muito vasto o universo que irão buscar as pessoas, sequestram você, como investidor ou tomador de dinheiro de bancos, financeiras ou usuário de cartão de crédito.
Dentro deste campo entram os de menores renda que são aqueles que pagam contas com parcelamentos aceitando quaisquer juros. São eles a base de todas as receitas do tal Mercado Financeiro, deixando os banqueiros mais ricos. São pessoas comuns com seus problemas individuais na área das finanças – não existindo uma representação coletiva que os defenda – e suas melhores chances são dentro de governos socialistas. Também precisam em suas defesas, esses que mais usam o sistema financeiro para atender suas necessidades, congressistas afinados com o governo que abraça estas preocupações.
Não baixar os juros: significa permitir que os banqueiros tenham mais lucros.
Deixar os juros nas alturas: significa tomar mais dinheiro não só das pessoas de um país como também dos governos.
Na lista do ranking dos 10 primeiros em rentabilidade no mundo quatro são brasileiros, conforme a provedora Economatica (dados de 2021):
1º – Capital One (retorno sobre o patrimônio, ROE, de 20,4%)
2º – Ally Financial (ROE de 19,3%).
3º – Santander Brasil (18,9%)
4º – RBC (17,3%)
5º – Itaú (17,3%)
6º – J.P. Morgan (16,9%)
7º – Banco do Brasil (15,7%)
8º- Bradesco (15,2%)
9º – Bank of Nova Scotia (15,1%)
10º – SVB Financial (15,0%).
Os cinco (5) maiores bancos do Brasil cresceram em 2023, com lucros de 1,9% que somaram R$107,5 BILHÕES, são eles: Itaú, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco e Santander Brasil.
São oito (8) reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária) por ano, que são realizadas a cada 45 dias, que decidem qual será a taxa Selic que é a taxa básica de juros da economia.
Na última reunião do Copom já havia acontecido uma votação incomum – como se o BC fosse o Congresso Nacional – 5 votos de nomeados por Bolsonaro contra 4 votos de nomeados por Lula, que perderam para a opção de 0,50% de queda de Selic, para apenas baixar 0,25 para os que defendem os donos de bancos dentro do BC.
A imprensa com jornalistas “engraxados por banqueiros” bateu e depreciaram muito os quatro (4) que queriam baixar 0,50% a taxa Selic. Parece estranho, não é? Mas é claro que é estranho, no entanto eles, os que defendem os juros mais alto, estão a serviço dos banqueiros de financeiras, dos cartões de crédito, etc…
Para completar a semana:
amanhecemos a sexta feira (24/05) com um mais que provável escândalo, que está por trás da manchete do METROPOLIS que veio assim:
“Piorou Geral: Focos detona projeções para Selic, dólar e PIB”
O BC brasileiro, nas mãos de Roberto Campos Neto, que joga a favor dos banqueiros, é fruto da extrema direta (ele trabalhou na campanha do Bolsonaro em 2018) que alçou ele presidente do Banco Central, que também tornou o BC independente por ato do governo Bolsonaro.
Um dos componentes que o Banco Central usa para definir a taxa Selic “é a expectativa da inflação”, que é fruto de uma pesquisa chamada PESQUISA FOCUS. Ela é feita consultando 150 analistas de diversos bancos, financeiras, corretoras e demais empresas. Isto é feito através de um questionário que é elaborado pelo BC e respondido por esses 150 “que vivem e ganham a vida com o dinheiro fruto dos juros que todos nós pagamos incluindo o Governo.
O BC faz a média das respostas da Pesquisa Focus” e aplica o Selic, sendo ela manipulada os bancos aumentam seus lucros.
E como 5 entre os 9 que votam dentro do BC nas reuniões do Copom, para aplicar o resultado das pesquisas, foram nomeados por Bolsonaro o governo Lula, que está no poder – eleito democraticamente por desejo do povo – é dependente de pessoas que o Bolsonaro ainda manda e os banqueiros dão estímulos.
Quais seriam os estímulos para segurarem a queda dos juros? Deixo para a sua imaginação descobrir. Não posso acusar ninguém, só posso dizer que a ganância do ser humano é insaciável.
Dai veio a manchete de hoje (24) do METROPOLIS :
“Piorou Geral: Focos detona projeções para Selic,, dólar e PIB”
Ou seja todos os 150 teriam respondido o formulário do BC, dizendo que vem inflação.
Dia 17 de maio (8 dias antes da manchete do Metropolis) veio o resultado, e que vazou , que a maioria dos 150 deram por volta de 3% a expectava de inflação – que todo mundo sabe que é o índice real no momento – mas alguns dos 150 deram o patamar de 8% – (é sabido e é histórico que as variações entre os 150 não oscilam em diferenças maiores que 0,5%) assim elevaram a média, dobrando o valor malandramente.
Fizeram isto no mínimo por duas razões: uma delas é detonar o Haddad, provável candidato na sucessão de Lula e o governo Lula. O outro motivo você pode refletir ficando atento sobre o início deste texto, do que é comum acontecer no mundo financeiro.
Já tem gente que vai entrar com “pedido judicial ou extra judicial de acesso a informação”, para saber quem colocou os 8% INÉDITOS, para tumultuar o mercado. Apareceu mais de um entre os 150 questionários cravando com a variação de 8% a mais para a inflação.
Fato totalmente fora dos padrões das pesquisas Focos feitas regularmente. Neste período a maioria deu a taxa de 3,1% e os 8% foi colocado por alguns de forma intencional para aumentar a média da inflação que segura os juros nas alturas.
Como se não bastasse na tarde da sexta-feira (24) em São Paulo o Senhor Roberto Campos Neto, anuncia aos 4 ventos – como se fosse jornalista econômico – que as enchentes do RG irão aumentar a inflação, da mesma forma que o meio ambiente tem influído em todo o mundo. Parece até cronometrado os eventos porque junto também vieram os jornalistas da área com igual enredo.
Uma evidente preparação para aumentar a taxa Selic na próxima reunião do Copom.
Quando valem para os banqueiros segurar os juros nas alturas, quando ganham com as taxas atuais mais de 107 BILHÕES de lucros por ano.
Dá para distribuir para os que ajudam (todos do mercado que estão no mesmo barco) – dividirem os 7 BILHÕES – que passam dos 100 BILHÕES, NÃO É?
Por Guilhobel A. Camargo – Gazeta de Novo