António Costa entregou seu pedido de demissão ao presidente.
A polícia de Portugal fez uma operação de busca e apreensão na casa do primeiro-ministro do país, António Costa, e deteve seu chefe de gabinete, Vítor Escária, como parte de investigações sobre um suposto esquema irregular de exploração de lítio e venda de hidrogênio verde.
O ministro de Infraestrutura de Portugal, João Galamba, é um dos investigados no caso, que foi aberto em janeiro pelo Ministério Público português. A polícia também fez buscas na sede do Ministério do Meio Ambiente e em outras quatro pessoas.
Por conta da operação, partidos de oposição a António Costa exigiram que o premiê se demita ou que o presidente do país, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolva o Parlamento e convoque novas eleições. Costa se reuniu com Sousa, que cancelou sua agenda do dia.
As investigações que geraram os mandados de busca, apreensão e detenção apuram supostas irregularidades em contratos do governo para a exploração de lítio em minas portuguesas, além da produção de energia a partir de hidrogênio.
Costa anunciou a decisão em comunicado televisivo após apresentá-la formalmente ao presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
“Obviamente apresentei minha demissão”, disse Costa em pronunciamento ao país, no qual negou participação nas irregularidades. “Encerro com a cabeça erguida e a consciência tranquila. Não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito ou sequer de qualquer ato censurado”.