Por que a torcida deve ser para Bolsonaro: fugir do país antes de ser preso

A vergonha que os bolsonaristas sentirão causará mais dor do que a raiva contra o governo e o STF, com Bolsonaro preso.

A vergonha é um sentimento profundo e complexo que, muitas vezes, é subestimado em sua capacidade de causar sofrimento psicológico. Ao contrário do ódio, que pode ser uma emoção intensa e até mesmo energizante, a vergonha tende a ser introvertida e corrosiva. A vergonha traz mais sofrimento do que o ódio, e compreender as nuances dessas emoções e os impactos que elas têm na psique humana é fundamental.

Em primeiro lugar, o ódio – com o ex-presidente dentro das grades de uma penitenciaria – que os bolsonaristas sentirão em relação ao STF (Supremo Tribunal Federal) será nocivo a todas as esferas do judiciário brasileiro. Será quase destrutivo para o andamento normal do judiciário, porque, frequentemente, o ódio se manifesta de maneira explosiva. A raiva oriunda do ódio pode se transformar em ação, seja por meio de protestos, com quebras e confrontos, ou outras formas de expressão.

Essa externalização, ainda que negativa, proporcionará aos chamados “bolsoGados” um alívio temporário. O ódio, por sua natureza, oferece uma sensação de controle e poder, mesmo que ilusória. Essas pessoas, em sua estupidez, podem direcionar sua raiva para fora, buscando alvos para suas frustrações. Diante do contexto da prisão do ex-presidente, poderão se unir em grupos encorajados para atacar prédios públicos e agentes do governo.

Por outro lado, quando entenderem melhor a situação, esclarecidos por antagônicos ao bolsonarismo nas redes sociais, a vergonha se manifestará. Essa emoção se instala internamente e frequentemente leva à retração e ao isolamento dos mais abduzidos pelo pior governante que o Brasil já conheceu. A vergonha provocada pela eventual fuga de seu “Mito” virá à tona mais tarde, resultando na percepção de uma conduta inadequada, que levará o indivíduo a se sentir exposto e vulnerável.

Enquanto o ódio contra tudo e todos que estão nos três poderes poderá ser um estímulo ao grito por atenção ou mudança, a vergonha geralmente resulta em um silêncio ensurdecedor. Embora essa falta de expressão possa criar nos bolsonaristas um ciclo vicioso de autojulgamento e autocrítica, aprofundando a dor emocional, ela será melhor para os milhões de brasileiros que não se deixaram levar por essa conduta errada.

Além disso, a vergonha frequentemente se liga a sentimentos de inferioridade e desvalorização. Quando uma pessoa experimenta vergonha (por saber que seu ídolo, seu líder, fugiu), ela pode se ver como inferior aos outros, levando a um estado depressivo debilitante, que será péssimo para os “bolsoGados”, mas benéfico para os demais.

A raiva provocada pela prisão do “Mito de barro”, por sua vez, pode servir como um mecanismo de defesa temporário, causando danos a todos os demais, em troca da vergonha que se infiltra na identidade do indivíduo, corroendo sua autoestima ao longo do tempo. Assim, podemos afirmar que a fuga de Bolsonaro do país, mesmo que seja para dentro de uma embaixada, como já fez uma vez, pode ser mais saudável para o país, permitindo que siga em frente sem este grave importunador da ordem pública. 

É aconselhável que governantes canalhas e genocidas quando mortos,  os restos sejam jogados ao mar, sem um local a ser cultuado com flores. Todos lembramos dos 550 dias em que o presidente Lula esteve preso e das dezenas de pessoas que acamparam ao lado da prisão, no prédio da PF, na República de Curitiba. Não queremos um acampamento com abduzidos gritando “Mito, Mito, Mito…”, enquanto milhares de seus pares voltam a quebrar prédios públicos.

Com o tempo, a dor da vergonha não resolvida pelos “bolsoGados” pela fuga de seu Mito pode se manifestar em transtornos emocionais mais graves, como a depressão. Enquanto a raiva pode ser canalizada em ações e reações, a vergonha se transforma em um peso insuportável que o indivíduo carregará, decorrente do comportamento inadequado que teve ao apoiar um governante desequilibrado. Essa carga emocional pode resultar em um ciclo depressivo, onde os “bolsoGados” se sentirão incapazes de se conectar com os outros, alimentar relacionamentos saudáveis ou buscar ajuda, perpetuando ainda mais seu sofrimento.

Portanto, embora o ódio possa causar dor e destruição, a vergonha é uma emoção que se infiltra nas profundezas da identidade e da autoimagem do indivíduo, causando um sofrimento que muitas vezes é mais sutil, mas igualmente devastador.

Como somos humanos, não concordamos com torturadores e ditadores, como o “Mito de Barro”, que é réu confesso nesse tema. Reconhecemos a gravidade da vergonha que os “bolsoGados” passarão ou já estão passando e ofereceremos apoio àqueles coitados, promovendo nas redes sociais um espaço seguro para a expressão e a cura emocional, antes que a dor se torne insuportável e conduza a um estado depressivo profundo e duradouro.

Aos demais, que já cumprem penas de prisão, e os que, junto com Bolsonaro, elaboraram os planos e deram início à tentativa de golpe contra a democracia que também serão condenados, que cumpram suas penas.

Além disso, o crime daqueles que já pagam suas penas, os que ainda serão condenados e pedem anistia, não foi apenas um “baton”, não foi apenas um passeio nas praças dos três poderes. O 8 de janeiro não foi um ato inocente; foi uma manifestação, uma tentativa de golpe que estava em ação, com pessoas raivosas, bandeiras na mão, quebrando tudo que encontravam nos prédios invadidos. Até mesmo orações foram usadas em paredes de muros e pilhas de pneus, como desculpa para apoiar a derrubada do governo eleito. Também houve muitas ações antecedentes ao 8 de janeiro, como no Natal de 2024, com um caminhão repleto de explosivos na frente do aeroporto de Brasília, que poderia ter matado dezenas de pessoas. Além disso, a turma do “Punhal Verde Amarelo” foi ativada para matar o Ministro Alexandre de Moraes, o presidente Lula e o vice Alckmin. Portanto, nada era uma brincadeira de golpeO “baton” na estátua é igual ao “baton” na cueca; não há justificativa para o ato.

Nenhuma mulher perdoa o “baton” na cueca do seu marido, mesmo que ela faça parte do gado bolsonarista.

Tudo estava muito bem organizado dentro e nas frentes dos quartéis, por generais presos preventivamente, que no 8 de janeiro levaram aquelas milhares de pessoas para a tentativa de dar o apoio final aos atos de destruição do patrimônio público, que até hoje nos espanta.

As pessoas que estavam na Esplanada dos Ministérios, naquele trágico dia, queriam criar o caos para gerar uma intervenção militar – e agora, depois de condenados, dizem em suas defesas que não sabiam a gravidade do ato.

Fuja, Jair Messias Bolsonaro – fuja antes de sua condenação – para o bem da nossa nação.

Por Guilhobel A. CamargoGazeta de Novo

Compartilhe nas suas redes socias!

Uma resposta

  1. Sem dúvida, essa fuga seria benéfica para o governo e o judiciário, porém esses imbecis que cultuam esse mito de lixo são capazes de continuar com a devoção a esse criminoso mesmo longe daqui… Sem dúvida, essa fuga seria benéfica para o governo e o judiciário, porém esses imbecis que cultuam esse mito de lixo são capazes de continuar com a devoção a esse criminoso mesmo longe daqui…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress