Mesmo com a IA, o desemprego irá aumentar em todo o mundo

O avanço da tecnologia obrigará os países rumarem para uma maior assistência social.

       Hoje, 20 de janeiro de 2025, Davos, na Suíça, recebe os líderes mundiais para o “Fórum Econômico Mundial 2025”, com a reunião intitulada “Colaboração para a Era Inteligente”. Os debates estarão focados na incerteza geoeconômica, na IA e na proteção do planeta, entre outros temas.

      Por conta do tema IA – INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, que deverá ser o que ganhará as manchetes de 20 a 24 deste final de janeiro, escrevo sobre este assunto.

        Por mais que possam minimizar os efeitos da inteligência artificial…

— que exclui o homem da força de trabalho, com investimentos e treinamentos para que o ser humano se adapte à velocidade do desenvolvimento —

…não haverá emprego suficiente para receber a grande quantidade de pessoas, por mais especializadas que estejam.

Nos EUA, que é a maior economia do mundo, local onde a IA tem o maior crescimento, o desemprego, segundo o BLS, atualmente atinge 7,1 milhões de pessoas, com tendência de crescimento.

Nesta mesma economia americana, em 2024, cerca de 771.480 pessoas viviam em condições de rua, um aumento de 18% em relação a 2023.

Com o aumento do custo dos imóveis e também da inflação nos EUA, em 2025, com mais desemprego, este número deverá subir e muito.

Aqui no Brasil, não é diferente. Mesmo com uma série de programas que os EUA não oferecem ao seu povo de menor renda, a IA, que aumentará a renda das grandes empresas — enriquecendo ainda mais a casta dominante — também jogará mais pessoas no desemprego.

E, por mais estranho que possam acreditar, os pobres e a classe média — que foram iludidos pela extrema direita com as mentiras de seu “Mito de Glicério” — se jogarão com maior número dentro das assistências do Estado, comandado por líderes socialistas.

E ainda que, em 2027, um governo de direita assuma o comando do poder executivo no Brasil, no legislativo, a maioria já é da direita. Esses novos líderes terão que ampliar o assistencialismo do Estado no nosso país.

Não há outro caminho: os conservadores terão de se adaptar a uma nova democracia com um maior número de programas, hoje só defendidos por políticos da vertente progressista, e terão de “engolir o sapo”, passando a viver do que seria um “sugar dos cofres públicos” que sempre criticaram, sendo esta a prática dos progressistas.

Mais de 40% dos empregados em todo o mundo serão afetados pelo aumento do uso da IA — Inteligência Artificial.

Isso aprofundará a desigualdade, o que já é um consenso “dentro dos cabeças” do FMI — Fundo Monetário Internacional.

Esta nova tecnologia tem sido usada de forma desenfreada, estimulando mais as tensões dentro das redes sociais, e isso será cada vez maior à medida que mais jovens já formados em cursos superiores se somarem ao exército de desempregados.

Os efeitos deverão ser sentidos mais profundamente nas economias avançadas do que nos mercados emergentes. Estima-se que, em economias mais desenvolvidas, até 60% dos empregos podem ser afetados pela IA.

Nos casos mais extremos, alguns empregos devem desaparecer; no entanto, muitos empresários irão aferir maior lucro, uma vez que o custo de produção será menor.

A busca pela redução de custos com trabalho humano já é notada em muitos setores, assim como a melhoria na qualidade e quantidade de produção.

A receita dos empresários, com mais lucros, permitirá que a União ou os estados possam taxá-los com uma taxa maior de impostos — considerando o ramo em que operam, que certamente a IA mais irá favorecer — colocando o aumento desta arrecadação nos programas sociais que irão cobrir os desempregados.

É certo que a IA transformará a economia global, e pode-se dizer, sem errar, que irá garantir que ela beneficiará a humanidade, mas também é certo que muitos empregos irão sumir, embora outros irão surgir.

Por Guilhobel A. Camargo – Gazeta de Novo

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Respostas de 2

  1. Sua análise sobre o impacto da inteligência artificial no emprego e na assistência social é perspicaz e pertinente. Você traz à tona uma preocupação crescente que muitos ignoram: a necessidade de adaptações sociais diante da automação. Ao destacar a desigualdade que pode se aprofundar, você oferece uma visão crítica que estimula o debate sobre a responsabilidade dos líderes em garantir uma rede de proteção social eficaz. Sua conexão entre os avanços tecnológicos e as realidades econômicas, tanto nos EUA quanto no Brasil, é um chamado à ação para que políticas inclusivas sejam priorizadas, enfatizando a importância de um diálogo colaborativo no cenário global.

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