Inclusão do Festival de Ópera no calendário de Curitiba segue para sanção

Além deste projeto, outros dois foram aprovados pela Câmara de Vereadores em segundo turno nesta segunda-feira (16).

Foto: Divulgação/FOP

Nesta segunda-feira (16), o plenário da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) confirmou a aprovação do projeto de lei que inclui o Festival de Ópera do Paraná (FOP) no calendário oficial de eventos da cidade. Foram 33 votos favoráveis, unanimidade no momento da votação. A ideia é que o evento seja realizado anualmente, preferencialmente, na primeira quinzena do mês de novembro. A matéria foi uma das três votadas em segundo turno e agora segue para a sanção do prefeito Rafael Greca.

O FOP começou com Gehad Ismail Hajar, produtor e músico, em 2015, com o apoio do Centro Cultural Teatro Guaíra, da Secretaria de Estado da Cultura, da Fundação Cultural de Curitiba e de outros parceiros. A primeira apresentação do festival foi a opereta paranaense “Marumby”, de 1928. O projeto de lei, na sua justificativa, descreve a iniciativa como “como o maior evento lírico do país” (005.00153.2022). Totalmente gratuito, é o único evento do gênero que tem montado produções em língua portuguesa.

Como argumento para oficializar o FOP no calendário curitibano, o autor da matéria, Mauro Ignácio (PSD), explicou que mais de 180 mil pessoas assistiram aos 89 eventos organizados pelo festival, em teatros, ruas, praças, feiras, mercados, escolas públicas, terra indígena e ônibus coletivos espalhados pelo Paraná. Várias das edições contaram com audiodescrição e tradução em Libras (Língua Brasileira de Sinais).

Com a aprovação da proposta em segunda votação, agora ela será enviada para sanção. Caso se torne lei, entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial do MunicípioNa prática, a inclusão do FOP no calendário oficial de Curitiba aumenta o respaldo dos organizadores junto ao poder público, facilitando a mobilização de apoios para a realização das atividades.

Instituto Ecotech e ONG Reviver serão de Utilidade Pública Municipal

Outras duas propostas de lei que estavam na pauta de hoje em segunda votação foram aprovadas pelos vereadores de Curitiba: são duas declarações de Utilidade Pública Municipal. A primeira, ao Instituto Ecotech, foi aprovada também por unanimidade. A organização social mantém o projeto Tech Girls, que, desde 2017, oferta cursos para mulheres em situação de vulnerabilidade social (014.00008.2024). As alunas são capacitadas em empreendedorismo digital e aprendem a criar bijuterias a partir da reciclagem de materiais eletrônicos. A iniciativa é de Herivelto Oliveira (Cidadania). 

Com 35 votos “sim”, também foi acatada a Utilidade Pública Municipal ao Centro de Desenvolvimento Humano Reviver (014.00013.2024). Mais conhecida como ONG Reviverentidade atua junto às pessoas em situação de vulnerabilidade social, promovendo a sua ressocialização. Uma de suas ações é o Café da Manhã Solidário, organizado nas imediações do Mercado Municipal de Curitiba. O autor do projeto é Angelo Vanhoni (PT).

O título de Utilidade Pública funciona como um atestado de bons antecedentes às entidades sem fins lucrativos. A declaração facilita às organizações firmar convênios com o poder público e receber emendas parlamentares, por exemplo. Com a ratificação em segundo turno, ambas as iniciativas também seguem para a sanção prefeitural. 

Por Pedritta Marihá Garcia

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