Mauro Cid, que trabalhou na Presidência da República como ajudante de ordens do presidente, revelou em sua delação premiada como funcionava o “gabinete do ódio” do governo Jair Bolsonaro.
Atuação do gabinete do ódio: Segundo Cid, o grupo era formado por ex-assessores de Bolsonaro que disseminavam notícias falsas e ataques a adversários do ex-presidente, comandado formalmente pelo assessor Tércio Arnaud Tomaz, nomeado por Bolsonaro para cuidar das redes sociais do governo, na realidade segundo o delator ele seguia ordens de Carlos Bolsonaro. O grupo usava redes sociais e editava vídeos e frases para influenciar a opinião pública.
Relação com o clã Bolsonaro: Cid também contou como era a relação dos integrantes do gabinete do ódio com os filhos de Bolsonaro e com o próprio ex-presidente. Ele também falou sobre os apoiadores de Bolsonaro que se organizavam como milícias digitais nas redes.
A delação de Cid à Polícia Federal foi homologada pela Justiça em setembro. Ela pode trazer provas para o inquérito que apura o funcionamento das milícias digitais. Cid também disse quais eram os membros do governo que incentivavam ou tentavam amenizar o uso do gabinete do ódio.