“𝕿𝖚 𝖙𝖊 𝖙𝖔𝖗𝖓𝖆𝖘 𝖊𝖙𝖊𝖗𝖓𝖆𝖒𝖊𝖓𝖙𝖊 𝖗𝖊𝖘𝖕𝖔𝖓𝖘á𝖛𝖊𝖑 𝖕𝖔𝖗 𝖆𝖖𝖚𝖎𝖑𝖔 𝖖𝖚𝖊 𝖈𝖆𝖙𝖎𝖛𝖆𝖘,”
Saint-Exupéry disse que aquele que é amado passa a ser responsável pelo outro, por aquele que nutre o afeto por si. Eu escrevo:
“𝖀𝖒 𝕰𝖘𝖙𝖆𝖉𝖔 𝖘𝖊 𝖙𝖔𝖗𝖓𝖆 𝖊𝖙𝖊𝖗𝖓𝖆𝖒𝖊𝖓𝖙𝖊 𝖗𝖊𝖘𝖕𝖔𝖓𝖘á𝖛𝖊𝖑 𝖕𝖊𝖑𝖆 𝖋𝖔𝖗𝖒𝖆 𝖍𝖚𝖒𝖎𝖑𝖍𝖆𝖓𝖙𝖊 𝖊 𝖆𝖙𝖊𝖗𝖗𝖔𝖗𝖎𝖟𝖆𝖓𝖙𝖊 𝖖𝖚𝖊 𝖙𝖊𝖒 𝖎𝖒𝖕𝖔𝖘𝖙𝖔 𝖆𝖔𝖘 𝖋𝖎𝖑𝖍𝖔𝖘 𝖉𝖊 𝖘𝖊𝖚𝖘 𝖛𝖎𝖟𝖎𝖓𝖍𝖔𝖘.”
Atirar apenas uma pedra contra soldados israelenses, por razões pelas quais sua família perdeu a casa para israelenses, que já invadiram mais de 80% do que é seu e era de seus antepassados, pode custar até 20 anos de prisão.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Antonio Guterre, disse em 2021:
“𝕾𝖊 𝖍á 𝖎𝖓𝖋𝖊𝖗𝖓𝖔 𝖓𝖆 𝕿𝖊𝖗𝖗𝖆, é 𝖆 𝖛𝖎𝖉𝖆 𝖉𝖆𝖘 𝖈𝖗𝖎𝖆𝖓ç𝖆𝖘 𝖊𝖒 𝕲𝖆𝖟𝖆”
Quando as casas e áreas são invadidas por uma política sionista que coloca cidadãos israelitas nos locais invadidos, em casas que eram de palestinos, e produtores rurais em terras que eram de palestinos, o mundo todo percebe, até a ONU critica, que a intenção sionista é retirar de uma vez por todas todos os palestinos da Faixa de Gaza. E não será surpresa que na sequência façam o mesmo na Cisjordânia, que está separada de Gaza por uma distância de 45 quilômetros. Esse foi mais um grande erro dos 3 minutos da ONU em 1947 quando criou o estado de Israel.
Hoje, mais de quatrocentas dessas crianças, muitas com 14, 15 e 16 anos, permanecem presas. O que você acha que elas se tornam dentro da cadeia em condenações que podem ir até 20 anos? O que farão quando saírem da prisão contra seus carrascos? O que acham que seus parentes, pais, irmãos e primos fazem enquanto elas estão na prisão? O que você acha que os coleguinhas delas, que também atiraram pedras no mesmo dia e conseguiram fugir, fazem enquanto o amigo está preso?
O governo de Israel mantém centenas de crianças palestinas presas, submetendo-as a violações de seus direitos e abusos. Segundo Richard Falk, professor de relações internacionais da Universidade de Princeton e ex-relator especial da ONU sobre os direitos humanos nos territórios palestinos, as crianças são frequentemente submetidas a abusos, como torturas, espancamentos e insultos que violam os padrões internacionais dos direitos humanos. “Elas podem ser condenadas a até 20 anos de prisão por arremessarem pedras contra soldados, apesar de isso raramente causar lesões. Na verdade, as pedras representam uma forma não violenta de resistência coletiva a uma ocupação ilegal”, comentou.
Em meio a críticas externas, Israel estabeleceu algumas diretrizes em relação ao tempo que uma criança pode permanecer detida antes de ser acusada. No entanto, as evidências sugerem que a prática continua abusiva. As crianças são rotineiramente separadas de suas famílias e não têm direito a aconselhamento legal durante o interrogatório, criticou Falk. Apesar de o contato com os pais e outros parentes ser formalmente permitido, enormes obstáculos administrativos dificultam as visitas. As autorizações podem demorar até meses para serem emitidas, e os familiares só têm direito a ver os menores uma vez a cada duas semanas, por não mais do que 45 minutos.
Certamente elas não saem normais e pacificas destas prisões.
Muitos deles são hoje os terroristas que soltam as bombas, mísseis, e que matam israelenses com outras armas. Eles estão dentro do Hamas, dentro do Hesbollah ou são homens-bomba da JIHAD ISLÂMICA.
Quem criou esses terroristas?
Certamente não foram seus pais, pois essas crianças estão ou estavam presas quase que incomunicáveis.
Por que coloquei hoje está opinião?
Porque dia 12 é o dia das crianças.
É com muita dó que observamos a infância de terror, de abusos físicos e moral destas crianças.
Este sofrimento é uma enorme ponte, para a amargura e o desastre de suas vidas.
Por Guilhobel A. Camargo – Gazeta de Novo