O momento político no Brasil apresenta um sentimento de cansaço, que deixa até notícias de guerras, mesmo que distantes, tomarem as manchetes dos jornais. Guerras que sempre estiveram presentes, só mudam de lugares.
E as razões são as mais diversas, mesmo que os políticos se alternem no poder, sendo hora de direita, hora de esquerda, jogam o país em um “mito da caverna” de novas ilusões. Mito da Caverna, que é uma metáfora que sintetiza o dualismo platônico, onde está presente a relação entre os conceitos de escuridão e ignorância, e mais; sobre luz e conhecimento e, principalmente, a distinção entre o que é aparência e o que é a realidade. São as ilusões usadas por eles, que diante de eleitores despreparados, são incorretamente percebidas e mal interpretadas. Nos enchem de mentiras nas campanhas, artimanhas para ganhar, como as armas de cooptação de sentimentos e até usando a fé religiosa. Elas levam o povo como uma manada para o deserto de suas existências. Uma vez no poder, tanto no executivo como no legislativo, desaparecem – com tudo que prometeram – para aparecerem dois anos depois, em novas eleições pedindo votos para outros que se somam a eles, como se entrassem em um trem que “vai para lugar nenhum”.
E uma das causas para esse embalo maluco também tem como fundo de base, além do mau comportamento, as regras colocadas em leis, feitas por maus parlamentares, que usam seu poder para se perpetuarem no poder. Quantas décadas serão necessárias para corrigir esses comportamentos distorcidos, também existentes em grande parte dos eleitores que se comportam como os próprios candidatos em seu dia a dia. Na primeira chance que tem esse eleitor para se beneficiar com uma política pública ou um fato que se apresente, por onde passa, ele faz coisas que não se têm notícia em lugar nenhum do mundo. Basta um caminhão se acidentar em uma curva da estrada, com carga que possam carregar com as próprias mãos, que o motorista ficará agonizando preso na cabine – sem ser atendido – enquanto o povo cerca o caminhão e saqueia a carga.
E neste exato momento, temos dominando as manchetes uma das promessas do presidente Lula sendo alterada. Promessas são para serem cumpridas, e o presidente no início de governo prometeu o que agora muda sua posição. Disse há dois dias que o governo “dificilmente” cumprirá a meta fiscal zero em 2024. Para justificar sua mudança de rumo, o presidente afirmou que o mercado financeiro é “ganancioso” e que não começará o ano cortando “bilhões” de obras e investimentos prioritários. O motivo parece ser “do bem”, mas os mercados não podem viver com essas incertezas. Os empresários fazem altos investimentos em seus negócios, buscam créditos para pagar no futuro com o resultado de seus negócios, e essas mudanças no meio do caminho permitem que se instale incertezas e o mercado financeiro reage. E corretores da bolsa e os maiores investidores se aproveitam – para ganharem com os altos e baixos estímulos, que são os motivos que levam as compras e vendas de ações para vários patamares. Junto com essas incertezas e “ausências de ações mais precisas,” os governantes ficam nas mãos de outros partidos políticos, que não são de sua base de pensamento e que até estiveram do outro lado nas eleições. Foi assim com o ex-presidente Bolsonaro no poder, que surgiu o “Orçamento Secreto,” e agora com Lula e essas cobranças de partidos que só entram para ficar na base do governo se seus pedidos forem atendidos. Cargos relevantes na administração pública são entregues, e empresas passam a ser administradas por políticos que não participam da ideologia política daquele que está no poder. Assim foi o caso da mudança da presidência da Caixa Econômica Federal.
“Até quando, Catilinas DA DIREITA OU DA ESQUERDA, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós? A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?
Por Guilhobel A. Camargo – Gazeta de Novo
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Muito bom.
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