Tem acontecido quando os altos níveis de desigualdade social costumam preceder o colapso das civilizações.
É preocupante nos dias atuais observarmos que as civilizações humanas podem estar caminhando para um colapso devido aos altos níveis de desigualdade social presentes em muitas sociedades.
Historicamente, a desigualdade extrema tem sido um prenúncio de crises e declínio em diversas civilizações ao longo da história. As guerras que o mundo enfrenta neste momento, tanto na Palestina – com sua área territorial cada vez mais invadida pelo sionismo – como na Ucrânia, que também invadida pela Rússia que se protege contra o avanço dois interesses dos países que formam a OTAN, acendem um alerta para um fim ou colapso das civilizações.
A desigualdade social em todo o mundo, não apenas gera tensões e conflitos dentro das sociedades, mas também prejudica o desenvolvimento econômico e social de forma mais ampla dado a globalização das economias. Quando uma minoria detém a maior parte da riqueza e do poder, a crescente disparidade de oportunidades e acesso a recursos essenciais pode levar a um descontentamento generalizado e à deterioração do tecido social atingindo as instituições dos países .
Além disso, a desigualdade pode minar a coesão social, enfraquecer as instituições democráticas e aumentar a polarização política, o que pode eventualmente levar a instabilidade e conflitos. Portanto, se não houver esforços significativos para reduzir a desigualdade e promover a justiça social, a “civilização humana” corre o risco de entrar em um ciclo de declínio e colapso global.
É crucial que governos, instituições e indivíduos ajam de forma proativa para combater a desigualdade social, promover a inclusão e garantir oportunidades justas para todos os membros da sociedade.
Somente assim poderemos evitar um desmanche iminente das civilizações e construir um futuro mais justo e sustentável para todos.
Nesta semana teremos na Itália a reunião do G7, de 13 a 15 de junho, que o presidente Lula participará tendo sido convidado pela Itália. Irá defender as agendas do Brasil também defendida no G20, que é baseada na inclusão social e a luta contra a desigualdade, a fome, a pobreza e o enfrentamento das mudanças climáticas, temas que me levaram a construir esta opinião.
A renda dos super-ricos – ter maior tributação em todos os países, de forma global – também está na pauta do Brasil no que defenderá o nosso presidente na reunião do G7. Proposta idêntica já foi apresentada em fevereiro, na reunião dos ministros de Finanças e presidentes do Bancos Centrais do G20, em São Paulo. Também em abril, em nova reunião do G20 nos Estados Unidos, o ministro Haddad disse que espera um acordo até o final do ano. São posições como estas que podem começar a ajudar reverter o quadro negro ou buraco negro que o mundo dos homens poderosos está jogando toda a humanidade,
Voltando os nossos olhos para 4 a 8 mil anos atrás, os agricultores do período neolítico se espalharam pelo território que hoje forma a Turquia, até chegarem à Europa. Os países desta região enfrentaram crises periódicas, causadas por guerras e conflitos, seguidas por quedas da população e dos campos agrícolas, com redução da produção de cereais. É o histórico que vemos hoje nós países na mesma região atingidos pelas guerras na Palestina e na Ucrânia.
Ascensão e a queda das grandes potências se repetem na história, sendo que estudos realizados e publicados pela revista científica Proceedings of the Nacional Academy of Sciences, mostram que estamos dentro de um ciclo que trata de um atual envelhecimento das sociedades para uma fase que não podemos mensurar.
As descobertas destes estudos foram confirmadas em outra análise recente de mais de 168 eventos de crises históricas, cuja duração média dos Estados no banco de dados de crises, foi de cerca de 201 anos.
Os estudos da Academy de Sciences demonstraram que os povos Pueblo também enfrentaram diversos ciclos de crescimento e retração. Eles terminaram em crises perto dos anos 700, 890, 1145 e 1285. Em todos esses eventos, a população, a produção de cereais e o urbanismo sofreram redução e a violência aumentou.
Consultando a história do Império Romano, no seu final, ele passava de 80% do nível máximo de desigualdade de riqueza teoricamente possível, no qual um único indivíduo detinha toda a reserva de riqueza. Não estamos diferentes disso, pois hoje a riqueza está concentrada em poucas mãos e – o resto do povo sobrevive das migalhas, – apenas acompanhando nos veículos de comunicação para onde os poderosos estão levando seus destinos.
É difícil saber se esse envelhecimento do mundo moderno, poderá ficar imune das consequências das desigualdades, da degradação ambiental e da competição das grandes potencias com as guerras que esses senhores donos do mundo criam para dividir o “espólio do planeta terra”. Os jornais de hoje trazem a notícia que os partidos da extrema direita anti-imigrantes do continente Europeu, super xenófobos e nacionalistas, – obtiveram ganho nas eleições da UE onde aumentaram consideravelmente o número de parlamentares, – isto não é nada bom para ajudar combater as desigualdades
Os dois senhores que hoje mandam no mundo são os Estados Unidos e CHINA e não há um “terceiro senhor”, nem mesmo a velha Europa com a sua UE hoje seria uma outra opção, – pois ela há muito tempo abandonou se é que teve alguma preocupação com a desigualdade sociais, – ela é refém dos EUA.
A velha Europa que nos últimos 500 anos saqueou as três Américas, a África, parte dos países da Ásia, provocou a Primeira Grande Guerra Mundial, a Segunda Grande Guerra – que ensinou o seu filho Tio Sam também a saquear o mundo – , está ajudando e dando aval em tudo que é nocivo para o colapso das civilizações.
Por Guilhobel A. Camargo – Gazeta de Novo
Uma resposta
Seu artigo é um alerta para nosso mundo!!! Infelizmente estamos evoluindo para um período catastrófico se atitudes não foram tomadas com muita seriedade e sem medo!!!