Arapongagem na Abin: atual PGR é favorável as investigações, gestão Aras tinha pedido arquivamento

Operação “Última Milha” foi deflagrada nesta sexta-feira.

ouvir ^

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (20) uma operação para investigar o uso ilegal de um software chamado FirstMile por servidores da Abin. O software permitia rastrear a localização de pessoas a partir do GPS de celulares, sem autorização judicial e sem controle.

Mudança de posição da PGR: A Procuradoria-Geral da República se manifestou no Supremo Tribunal Federal a favor da operação, em uma mudança de posição em relação à gestão anterior, chefiada por Augusto Aras. Em março, a então vice-PGR Lindôra Araújo havia defendido que a investigação fosse arquivada.

Desdobramento do inquérito das fake news: A operação, chamada de “Última Milha”, é um desdobramento do inquérito das fake news, que apura ataques e ações contra o Supremo e as instituições. O objetivo é descobrir se a Abin foi utilizada de forma clandestina e com desvio de finalidade.

Ex-presidente fala em “perseguição política”: Bolsonaro foi avisado da operação da PF e reclamou de “perseguição política”.

Veja a íntegra da nota da Abin sobre a investigação:

A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) informa que, em 23 de fevereiro de 2023, a Corregedoria-Geral da ABIN concluiu Correição Extraordinária para verificar a regularidade do uso de sistema de geolocalização adquirido pelo órgão em dezembro de 2018.

A partir das conclusões dessa correição, foi instaurada sindicância investigativa em 21 de março de 2023. Desde então, as informações apuradas nessa sindicância interna vêm sendo repassadas pela ABIN para os órgãos competentes, como Polícia Federal e Supremo Tribunal Federal.

Todas as requisições da Policia Federal e do Supremo Tribunal Federal foram integralmete atendidas pela ABIN. A Agência colaborou com as autoridades competentes desde o início das apurações.

A ABIN vem cumprindo as decisões judiciais, incluindo as expedidas na manhã desta sexta-feira (20). Foram afastados cautelarmente os servidores investigados.

A Agência reitera que a ferramenta deixou de ser utilizada em maio de 2021. A atual gestão e os servidores da ABIN reafirmam o compromisso com a legalidade e o Estado Democrático de Direito.

Compartilhe nas suas redes socias!