Ele nos deixou nesta madrugada de mais um 11 de setembro, aos 93 anos de vida, 70 dos quais dedicados ao jornalismo, e tantas histórias.
A expressão “Agora é tarde” ou “Não adianta mais”, que usei no título, vem da história de Inês de Castro, cujo corpo foi enterrado no mosteiro de Alcobaça em 1361. A história de Inês foi contada em várias obras de autores portugueses, como em “Os Lusíadas”, por Bocage e muitos outros, multiplicando-se em peças teatrais.
A do nosso Mazza não será diferente; ao modo curitibano, iremos muitas vezes relembrar nosso Mazza, jornalista e membro da Academia Paranaense de Letras.
Tive a honra de trabalhar com ele quando, em 1984, dirigi o jornal Correio de Notícias. Foram muitas as reuniões com Mazza e Mussa. A redação era repleta de bons jornalistas, mas ele era o Sol, a estrela maior, o centro das maiores matérias.
Mazza foi gigante dentro do jornalismo, no melhor período do jornal Gazeta do Povo. Trabalhou também no Diário do Paraná, na Última Hora, na Indústria e Comércio, na Folha de São Paulo, no Diário da Tarde, de Curitiba, e no Diário do Comércio, de Paranaguá, além de diversas revistas do estado e do telejornalismo da TV Paranaense, Canal 12.
Sua coluna na Folha de Londrina, o último jornal impresso onde tinha coluna diária, fez existir o jornal do norte do Paraná na cidade de Curitiba.
Era um dos mais festejados na “Boca Maldita”, a calçada obrigatória de seu final de tarde, depois de sair das diversas redações nas quais trabalhou.
Ele levou o melhor do nosso jornalismo impresso para o rádio. Na CBN, ao lado do José Wille, fez a rádio ter os seus melhores dias.
A imprensa do estado do Paraná perde hoje a sua “maior enciclopédia” da área política.
Descanse em paz, meu amigo.
Por Guilhobel A. Camargo – Gazeta de Novo
Uma resposta
Linda homenagem a este grande jornalista que tivemos.