Isso é como ao se defender de um crime, você falar: “Imputaram-me crimes que jamais cometi, eu não estava naquele lugar”.
A crença popular sobre signos zodiacais é baseada em um sistema que remonta à astrologia antiga, onde as constelações que formam os signos do zodíaco eram determinadas pela posição dos astros em relação à Terra.
Estas posições mudaram nos últimos 2.000 anos.
Originalmente, o zodíaco ocidental é dividido em 12 signos, cada um associado a um período do ano que corresponde ao movimento aparente do Sol através das constelações.
Entretanto, há um fator importante que deve ser considerado:
que é a precessão dos equinócios.
Este fenômeno, causado pela mudança na orientação do eixo de rotação da Terra, faz com que as constelações se desloquem lentamente em relação à Terra ao longo de milhares de anos. Como resultado, as constelações que formam os signos do zodíaco mudaram de posição em relação ao que era observado há mais de 2.000 anos, quando a astrologia ocidental como a conhecemos começou a se desenvolver e foi registrada segundo a anotações feitas dezenas ou centenas de anos anteriores.
Se você nasceu na primeira metade de julho , que é o meu caso, de acordo com o sistema tradicional, você seria considerado como eu sou do signo de Câncer, que abrange aproximadamente de 21 de junho a 22 de julho. No entanto, com a precessão dos equinócios, o Sol atende a um novo posicionamento ao longo do ano em relação às constelações. Isso significa que, se atualizássemos as referências astrológicas para refletir a posição atual das constelações, o Sol no momento do meu nascimento eu posso estar em Gêmeos, não em Câncer, dependendo de um cálculo exato.
É importante destacar que essa atualização da posição das constelações alteraria as datas em que cada signo é considerado, e isso geraria uma diferença significativa na forma como as pessoas se identificam com seus signos astrológicos. Embora essa mudança possa ser uma consideração interessante do ponto de vista astronômico, muitos praticantes da astrologia tradicional ainda se baseiam nas posições não ajustadas, que permanecem como a base de suas práticas e crenças.
Resumindo, se levássemos em conta a precessão e a verdadeira posição das constelações no céu atual, algumas pessoas, incluindo você, poderiam, de fato, ser consideradas sob um signo diferente do que se pensa tradicionalmente. No meu caso, a mudança poderia indicar que eu seria um geminiano, em vez de canceriano.
É também importante saber que está visão não é unanimidade no nosso planeta, uma vez que na cultura dos povos do Oriente esse entendimento é diferente do que acreditamos aqui no Ocidente, veja:
A diferença entre o zodíaco ocidental e o zodíaco oriental (também conhecido como zodíaco chinês) reside principalmente em sua base cultural, astrológica e na forma como calculam os signos.
Zodíaco Ocidental:
- Base Astronômica: O zodíaco ocidental se baseia na posição do Sol em relação às constelações durante o ano. Ele é dividido em 12 signos (Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes), cada um ocupando cerca de 30 graus do zodíaco.
- Aniversário: Os signos ocidentais estão associados ao mês de nascimento. Por exemplo, alguém nascido entre 21 de março e 19 de abril é de Áries.
- Elementos e Qualidades: Os signos ocidentais estão associados a quatro elementos (fogo, terra, ar e água) e têm características que se relacionam a suas qualidades (cardeais, fixos e mutáveis).
Zodíaco Oriental:
- Base Cíclica: O zodíaco chinês é baseado em um ciclo de 12 anos, sendo cada ano associado a um animal (Rato, Búfalo, Tigre, Coelho, Dragão, Serpente, Cavalo, Cabra, Macaco, Galo, Cão e Porco).
- Aniversário: O signo no zodíaco chinês é determinado pelo ano de nascimento. Por exemplo, 2023 é o Ano do Coelho.
- Elementos: Além dos 12 signos, o zodíaco chinês também incorpora cinco elementos (Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água) que se combinam com os animais, resultando em uma rotação de 60 pares únicos de signo-elemento.
- Cultura e Filosofia: O zodíaco oriental está profundamente enraizado na filosofia chinesa, como o yin e yang e os conceitos de equilíbrio e harmonia.
Conclusão:
Essas diferenças refletem não apenas as tradições astrológicas, mas também as culturas distintas. O zodíaco ocidental se concentra mais na posição dos astros e constelações num ciclo anual, enquanto o zodíaco oriental é mais sobre ciclos de anos e mitologia associada.
AMBOS OS ENTENDIMENTOS TANTO O ORIENTAL COMO O OCIDENTAL OBDECEM AOS SEGUINTES PARAMETROS
A relação entre os dias do ano, a circunferência da Terra e os ciclos astronômicos é fascinante e intrincada.
A Terra, ao girar em torno de seu próprio eixo, descreve uma trajetória circular ao redor do Sol em um período de aproximadamente 365 dias. Essa trajetória, ou órbita, tem um formato elíptico e pode ser dividida em 360 graus, refletindo o movimento contínuo e cíclico do nosso planeta em relação a nosso sistema solar.
A divisão da órbita da Terra em 360 graus é um conceito derivado de antigas civilizações que usavam a geometria para representar ângulos e posicionamento. Assim, cada grau representa uma fração do ano, e 1 grau pode ser associado a cerca de um dia. Essa representação não é apenas uma curiosidade matemática; ela também está diretamente ligada à maneira como medimos o tempo, as sazonalidades e como nos relacionamos com o cosmos.
O ano é tradicionalmente dividido em quatro estações: primavera, verão, outono e inverno.
Essas estações estão intrinsecamente ligadas à inclinação do eixo da Terra e à sua posição no espaço em relação ao Sol. Este ciclo sazonal resulta em variações climáticas e possui grande impacto na natureza e na agricultura, influenciando assim as atividades humanas.
A divisão do ano também se relaciona com o Zodíaco, que é formado por 12 signos, cada um associado a um período de aproximadamente um mês. O Zodíaco é uma faixa da esfera celeste que abrange as constelações que claramente estão visíveis no céu ao longo do ano. Cada um desses signos reflete características atribuídas a influências astrológicas que, segundo a crença popular, podem impactar a personalidade e o destino das pessoas nascidas sob esses signos.
PARA FINALIZAR TRATO AGORA APENAS NA NOSSA VISÃO OCIDENTAL:
A astrologia usa a posição do Sol, da Lua e dos planetas no momento do nascimento para criar mapas astrais que são interpretados na forma de horóscopos. Os doze signos do Zodíaco, incluindo Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes, estão relacionados a traços de personalidade e tendências que os astrólogos acreditam ser influenciadas pelas energias cósmicas.
Assim, podemos observar que os 12 signos do Zodíaco representam uma forma de compreensão e interação com os ciclos naturais e astronômicos. Essa conexão entre o movimento da Terra, as estações do ano e a astrologia simboliza uma busca humana por significado, uma tentativa de entender o lugar que ocupamos no vasto universo e como as forças naturais podem influenciar nossas vidas, comportamentos e emoções.
Em resumo, a relação entre a Terra, seu movimento em torno do Sol, a medição do tempo em dias, a disposição das estações do ano e os 12 signos do Zodíaco ilustra uma trama complexa em que a ciência e a mitologia se entrelaçam. Essa intersecção entre os ciclos naturais e a astrologia molda não só nossos calendários, mas também as narrativas que contamos sobre nossa existência e nosso destino baseadas em uma posição dos astros que há mais de 2.000 anos não mais observamos.
Mais uma vez:
Você não é do signo que pensa ser!
Por Guilhobel A. Camargo – Gazeta de Novo