Ecos da história: Nero e Trump, paralelos inesperados

Ao longo da história, figuras políticas muitas vezes se destacam por seus comportamentos controversos e suas decisões que moldam o destino de nações.

 Entre elas, dois nomes que, à primeira vista, parecem distantes em tempo e contexto, mas que compartilham peculiaridades intrigantes, são Nero Cláudio César Augusto Germânico, o imperador romano, e Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos.

Nero, que governou de 54 a 68 d.C., é frequentemente lembrado por sua tirania, extravagância e por ter sido acusado de iniciar o Grande Incêndio de Roma. 

Sua busca por poder absoluto levou a um comportamento reprovável, marcado por perseguições e uma série de guerras desastrosas. A figura de Nero é frequentemente associada a amantes e escândalos, uma vez que suas relações pessoais refletiam sua busca por prazer e notoriedade em detrimento do bem-estar do Império.

Por outro lado, Donald Trump, que ocupou a presidência de 2017 a 2021, e agora retornou em 2025 também é uma figura polarizadora que em menos de 30 dias no poder já incendeia o mundo. Sua retórica incendiária e políticas controversas, especialmente em questões como imigração, tomada de territórios alheios e comércio, deixam o mundo em constante tensão.

Assim como Nero, Trump foi associado a escândalos pessoais e amantes, onde foi até condenado judicialmente por assédio sexual, refletindo um estilo de vida que frequentemente desafia normas e convenções.

Ambos os líderes, em seus respectivos tempos, não apenas buscam o poder, e acumulo de riquezas, mas também se cercam de uma aura de grandiosidade.

Nero, com suas performances teatrais e buscou até por reconhecimento artístico, e Trump, – também usando a arte dramática, quando até programa de TV reality show “O Aprendiz” comandou – com seu amor por holofotes e uma presença constante nas redes sociais:…
demonstram uma necessidade de validação pública que transcende as barreiras do tempo.

Sobre guerras, tanto no contexto de Nero quanto no de Trump, revelam um padrão de decisões impulsivas e a maioria das vezes questionáveis.
Nero enfrentou revoltas e conflitos ao longo de seu reinado, enquanto Trump se envolve em tensões internacionais, prometendo anexar terras alheias e tumultua disputas comerciais – taxando mercadorias, até oriunda de países aliados –  que está deixando marcas profundas nas relações globais.

No ano de 66, Nero estourou uma revolta na Judeia derivada de tensão religiosa entre gregos e judeus. Em consequência desta interferência durante o conflito, os romanos, dois anos depois da morte de Nero, Roma destruiu a cidade de Jerusalém.

Trump que já alimentou, em seu governo anterior, a guerra entre judeus e Palestinos, – volta agora com “sangue na boca”, para junto com os judeus – tentar arrasar de vez toda aquela região, declarando em discurso recente este seu objetivo.   

Nero mandou escavar, alargando um canal existente já navegável através do “Istimo de Corinto” e Trump afirmou que irá buscar o Canal do Panamá para ser propriedade dos Estados Unidos.

Messalina, imperatriz, foi a 3ª esposa do imperador Nero e Melania, ex-modelo, é a 3ª esposa do presidente Trump.

Finalmente, a questão do legado é um ponto crucial.
Nero, após sua morte, deixou um Império em ruínas e um legado de desconfiança. Trump, por sua vez, continua a ser uma figura controversa na política americana, com impacto na sociedade e grandes empresas.

Pensadores observadores e economistas,  já estão fazendo previsões de que o Império do Tio Sam, será ultrapassado  pela China o que pode levar a ruina o predomínio ianque no mundo.

Em suma, as vidas de Nero Cláudio César Augusto Germânico e Donald Trump, embora separadas por quase dois mil anos, revelam como o poder, o comportamento reprovável e a busca por influência podem criar paralelos surpreendentes.
A história, muitas vezes, se repete, e os ecos do passado – mesmo distante, de Nero – são ouvidos nas ações e decisões de Donald Trump 2.000 anos depois.

Nero se suicidou no ano de 68, para não ser preso, – ainda não sabemos como acabará estas loucuras de Trump, – mas pela “altura de seu ego”, poderemos ter mais uma coincidência.   

Por Guilhobel A. Camargo – Gazeta de Novo